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Damares acusa desvios em emendas do seu ministério
A ação da Polícia Federal que apura desvios em emendas destinadas ao antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos tem como base um relatório elaborado pela Controladoria-Geral da União (CGU). Esse relatório foi iniciado a partir de uma denúncia feita pela própria senadora Damares Alves (Republicanos), que foi a responsável pela pasta.
A operação foi realizada nesta terça-feira (19/8) para investigar suspeitas de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro em contratos que visavam promover a formação profissional de mulheres e adolescentes, totalizando R$ 3,8 milhões. Os recursos foram executados pelo ministério, porém, originaram-se de uma emenda parlamentar do ex-deputado Professor Joziel (Patriota).
Um assessor do ex-deputado passou por buscas e apreensões. Ele era dirigente da organização que recebeu as emendas, o Instituto de Desenvolvimento Social e Humano do Brasil (IDSH BRASIL).
A senadora comunicou, via sua assessoria de imprensa, que a investigação foi iniciada pela então ministra, que solicitou uma auditoria da Controladoria Geral da União em 11 de fevereiro de 2022, por meio de ofício, ao detectar fortes suspeitas de irregularidades.
“O relatório da CGU foi gerado a partir das informações fornecidas pela Assessoria de Controle Interno do MMFDH, que estava sob a responsabilidade da ministra”, declarou Damares.
“Ao tomar conhecimento do relatório, o MMFDH exigiu explicações e providências das organizações sociais envolvidas quanto às falhas identificadas. Em 20 de outubro de 2022, o IDSH devolveu ao Erário R$ 1.100.659,46. As demais recomendações estavam em processo quando ocorreu a troca na gestão. A senadora desconhece os proprietários do IDSH e da INADH”, finalizou a ex-ministra.
De acordo com as apurações, os contratos tinham por finalidade a formação profissional de mulheres em cursos de informática e de adolescentes nos cursos de designer gráfico e informática básica.
Apesar da transferência dos recursos federais, oriundos de emendas parlamentares obrigatórias, não foi possível comprovar a realização dos cursos previstos, havendo indicativos de mau uso dos recursos públicos e favorecimento na contratação dos serviços.
A operação recebeu o nome de Kibali, que é uma das mais importantes minas de ouro mundial, simbolizando o valor das emendas parlamentares que se tornaram verdadeiros depósitos de recursos financeiros.

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