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De assistente a parceiro inteligente: a próxima geração da IA nos celulares

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A evolução da inteligência artificial (IA) nos smartphones está entrando em uma etapa inovadora. Antes, o ‘agente de IA’ apenas executava comandos básicos de voz, como abrir aplicativos. Agora, essa tecnologia se transforma em um colaborador inteligente, capaz de aprender as preferências do usuário, fazer sugestões proativas e realizar tarefas específicas.

As empresas prometem uma IA personalizada e mais inclusiva para os novos celulares Android, capazes de recomendar ações baseadas na rotina do usuário, considerando conversas e preferências por meio de aprendizado contínuo em tempo real no dispositivo. Com esses avanços, diferentes modelos multimodais de IA poderão compreender melhor o usuário.

Por exemplo, se você tem alguns minutos livres, seu celular pode reconhecer essa pausa e ajustar a agenda automaticamente, sugerindo atividades adequadas. Ao receber uma fatura, o sistema pode extrair os dados e sugerir o pagamento imediato.

Cristiano Amon, CEO da Qualcomm, exemplifica: ‘É como caminhar com um amigo e este perceber alguém conhecido que você não notou, dizendo: “Vá cumprimentá-lo”. Assim será a IA, presente em diversos dispositivos — celular, óculos, relógio, fones de ouvido — que acompanham seus movimentos, veem o que você vê, escutam o que você ouve e aprendem com você, tornando-se a tecnologia mais pessoal já criada.’

A nova geração do processador Snapdragon Elite 8, fabricada pela TSMC com tecnologia de três nanômetros, aumenta a performance em unidades de processamento, como CPU, GPU e NPU, permitindo funções avançadas como aplicação automática de filtros, tradução em tempo real e edição simultânea de vídeos.

De acordo com Cristiano Amon, os aplicativos irão antecipar as necessidades dos usuários, demandando sistemas operacionais e hardwares completamente redesenhados para essa nova realidade, onde o computador aprende a interagir com as pessoas, entendendo voz, texto, imagens e contexto.

IA híbrida e processamento local

Essa inteligência artificial será híbrida, dividida entre a nuvem, onde ocorre o desenvolvimento e treinamento dos modelos, e o próprio aparelho, que oferece resposta imediata, personalizada e contextual. Isso garante privacidade e agilidade, pois os dados permanecem no dispositivo.

Cristiano Amon enfatiza que a borda (aparelho) é fundamental para captar dados, agir rapidamente e ajustar modelos de IA em tempo real.

Inovações do processador Snapdragon Elite 8

Produzido com tecnologia avançada, esse chip reduz o consumo de energia em até 35% e melhora a velocidade das tarefas em 20% comparado à geração anterior. A unidade de processamento neural (NPU) possibilita rodar modelos de linguagem grandes diretamente no celular, oferecendo capacidades de inteligência artificial generativa sem prejudicar a bateria.

Além disso, o chip inclui um motor de tráfego de dados inteligente que reconhece o tipo de conteúdo trafegado, como jogos ou streaming, otimizando a experiência de uso.

Enquanto algumas empresas focam em design e serviços, a aposta da Qualcomm é transformar o smartphone em um ‘copiloto’ digital, oferecendo um ecossistema de serviços mais intuitivo, integrado e personalizado.

Rick Osterloh, vice-presidente sênior de dispositivos e serviços do Google, compartilha sua visão: ‘Participamos de várias revoluções tecnológicas, desde os PCs até os smartphones. Contudo, nada supera a transformação que a IA traz hoje. Embora envolva mudanças na interface e arquitetura dos dispositivos, a IA fará com que a interação com os computadores se torne muito mais natural e humana.’

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