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De vereador a empresário: conheça os alvos da operação em São Bernardo

A operação realizada pela Polícia Federal (PF) que resultou no afastamento do prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), nesta quinta-feira (14/8), foi direcionada também a outras oito pessoas, incluindo políticos, empregados públicos municipais e empresários.
De acordo com as investigações iniciadas em julho, existem evidências de pagamento de propina em contratos com empresas vinculadas às secretarias de Obras e Saúde. O inquérito começou após Paulo Iran Paulino Costa, funcionário comissionado na Assembleia Legislativa (Alesp), ser flagrado com R$ 14 milhões em dinheiro vivo.
Paulo Iran foi alvo de mandado de prisão emitido pelo desembargador Roberto Porto, assim como Antônio Rene da Silva, servidor da Prefeitura que exerce a função de diretor de departamento na Secretaria de Coordenação Governamental.
Iran é apontado pela PF como o operador financeiro do prefeito. Ele teria custeado despesas pessoais da família Lima, como cartões de crédito, contas telefônicas e a faculdade de medicina da filha do prefeito.
A Polícia Federal solicitou a prisão do prefeito Marcelo Lima, mas o pedido foi negado. Porém, foi determinado o seu afastamento e o uso de tornozeleira eletrônica.
Outros envolvidos na operação
- Antônio Rene da Silva Chagas — Atuava junto com Paulo Iran Paulino Costa na divisão do dinheiro arrecadado, que era repassado em mochilas e caixas de papelão.
- Fábio Augusto do Prado — Secretário de Coordenação Governamental, foi identificado em conversas no WhatsApp falando sobre a chegada de valores em dinheiro fracionado.
- Roque Araújo Neto — Servidor da Câmara Municipal, é mencionado em anotações como receptor de R$ 390 mil do esquema.
- Felipe Rafael Pereira Fabri e Caio Henrique Pereira Fabri — Sócios da Quality Medical Comércio e Distribuidora de Medicamentos, ligados a valores expressivos.
- Luís Roberto Peralta e Leonardo Agnello Pegoraro — Sócios do Consórcio São Bernardo Soluções, associados a pagamentos de pelo menos R$ 174 mil.
- Murilo Batista de Carvalho — Sócio da Ballarin Imobiliária, alvo de mandado de busca por possíveis pagamentos ligados ao esquema.
- Edmilson de Deus Carvalho — Sócio da Terraplanagem Alzira Franco, também implicado nas anotações do principal operador financeiro.
- Danilo Lima de Ramos — Vereador mencionado em transações financeiras no esquema.
- Ary José de Oliveira — Vereador citado em conversas e em anotações de valores associados.
- Paulo Sérgio Guidetti — Ex-secretário de Administração e atual servidor municipal, aparece nas mensagens trocadas pelo operador financeiro.
As defesas dos investigados foram procuradas, mas até o momento não houve manifestações.

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