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DeepSeek adia lançamento de novo modelo de IA por problema em chip chinês

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A empresa chinesa DeepSeek adiou o lançamento de seu novo modelo de inteligência artificial devido a dificuldades no treinamento com os chips da Huawei, ressaltando os desafios enfrentados por Pequim para substituir a tecnologia dos Estados Unidos, conforme relatado pelo Financial Times nesta quinta-feira.

Pressionada pelas autoridades para utilizar o processador Ascend em vez dos sistemas da Nvidia, após a estreia do modelo R1 em janeiro, a startup encontrou problemas técnicos contínuos durante o treinamento do R2. Para contornar a questão, foi necessário utilizar chips da Nvidia para o treinamento, enquanto os chips da Huawei foram usados apenas para inferência, que é o processo de tirar conclusões a partir das informações disponíveis.

Este caso evidencia que os chips chineses ainda estão atrás dos produtos americanos em funções essenciais, destacando os obstáculos para a autonomia tecnológica de Pequim.

Engenheiros da Huawei chegaram a ajudar a DeepSeek, mas a empresa não conseguiu concluir o treinamento com sucesso utilizando o Ascend.

O lançamento do R2, que estava previsto para maio, também sofreu atrasos devido à demora na rotulagem dos dados, conforme explicado pelo Financial Times.

Internamente, o fundador Liang Wenfeng expressou insatisfação com o progresso do R2 e deseja mais tempo para desenvolver um modelo avançado que mantenha a posição de liderança da empresa no campo da inteligência artificial.

Espera-se que o R2 seja disponibilizado nas próximas semanas, segundo a reportagem do jornal britânico.

Recentemente, o Financial Times informou que Pequim solicitou que as empresas de tecnologia chinesas justificassem seus pedidos do chip H20 da Nvidia, como forma de incentivar o uso de alternativas produzidas pela Huawei e Cambricon.

Fontes do setor relatam que os chips chineses apresentam problemas de estabilidade, comunicação mais lenta entre os chips e software inferior em comparação aos produtos da Nvidia.

O Financial Times lembra que a Nvidia, fabricante de chips envolvida na disputa geopolítica entre Pequim e Washington, aceitou repassar ao governo dos Estados Unidos 15% de suas receitas na China para retomar as vendas de seus chips H20 no mercado chinês.

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