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Defesa de amiga de Lulinha acusa vazamento seletivo na investigação do INSS
O advogado que representa a empresária Roberta Luchsinger, alvo de operação em São Paulo, declarou que sua cliente é vítima do mesmo tipo de “vazamento seletivo” que marcou a Operação Lava-Jato.
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Roberta seja monitorada por tornozeleira eletrônica e proibida de deixar o país, sob suspeita de envolvimento em fraude que desviou bilhões do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Esse esquema de descontos indevidos em benefícios foi divulgado em dezembro de 2023.
A Polícia Federal (PF) que sustentou essa decisão relatou que Roberta recebeu aproximadamente R$ 1,5 milhão de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS. Em uma das transferências, no valor de R$ 300 mil, o lobista teria afirmado que o destino seria “para o filho do rapaz”, com suspeita de que se referisse a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula.
A defesa afirmou que Roberta se relacionou com o lobista via empresa World Cannabis, que atua com maconha medicinal. Conforme depoimento de um ex-gerente da companhia, Edson Claro, que trabalhou na empresa em São Paulo, Roberta frequentava o local e recebia presentes de Antonio Carlos. Ainda, disse que o pagamento de uma mesada de R$ 300 mil a Lulinha era efetuado através da empresa de maconha medicinal em Portugal.
Contudo, a defesa questiona a veracidade das declarações de Edson Claro e destaca a ocorrência de vazamentos seletivos, prática semelhante à verificada na Lava Jato.
Segundo o advogado Bruno Sales, as informações não configuram delação, mas vazamentos que prejudicam a imagem da cliente, que, segundo ele, não conhece o senhor Claro e nem saberia identificá-lo.
Além disso, ele afirmou que protocolou petição para prestar mais esclarecimentos ao ministro André Mendonça acerca dessas declarações.
Roberta Luchsinger é apontada como herdeira de banco suíço e estaria ligada ao PT. As investigações indicam que teria atuado junto com Antonio Carlos para fazer lobby para uma empresa de saúde junto ao governo, apesar de a defesa negar tal atuação e esclarecer que seu registro no Ministério da Saúde estava desatualizado e correspondia a período anterior.
Ela está no centro da fase da operação que investiga o esquema de descontos indevidos contra aposentados do INSS.


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