Economia
Defesa de Daniel Vorcaro fará novo pedido de liberdade nesta segunda
A defesa de Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, planeja protocolar um novo pedido de habeas corpus para garantir a liberdade do banqueiro nesta segunda-feira, direcionado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Anteriormente, um pedido similar foi recusado pela desembargadora Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Na decisão judicial, a magistrada ressaltou a necessidade de interromper atos ilícitos e considerou que a soltura de Vorcaro diante das fraudes detectadas e da tentativa de obstrução das investigações representaria um risco real.
Vorcaro foi detido na última segunda-feira pela Polícia Federal, no momento em que tentava embarcar para fora do país no Aeroporto de Guarulhos. A operação chamada Compliance Zero investiga suspeitas de fraudes relacionadas à compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Além dele, outros diretores e sócios foram presos, enquanto o presidente do BRB foi afastado de suas funções.
A defesa de Vorcaro alega que a prisão baseou-se em fundamentos genéricos e que as alegações feitas nas investigações não são atuais. Também afirmam que o Banco Central eliminou qualquer risco ao decretar a liquidação extrajudicial do Banco Master.
Em nota oficial, o BRB declarou que sempre agiu de acordo com as normas de compliance e transparência, fornecendo informações regulares ao Ministério Público Federal e ao Banco Central relativas às operações ligadas ao Banco Master. O BRB é uma instituição pública vinculada ao governo do Distrito Federal, e seu presidente, Paulo Henrique Costa, encontra-se afastado.
As investigações da Polícia Federal indicam que o BRB realizou transações incoerentes com o Banco Master numa tentativa de manter a instituição financeira de Daniel Vorcaro operacional enquanto o Banco Central avaliava a proposta de compra do banco. Em março deste ano, o BRB ofereceu adquirir o Master, mas o Banco Central rejeitou a negociação.
Para obter recursos enquanto aguardava a análise do Banco Central, o Master negociou a venda de carteiras de crédito ao BRB, buscando aumentar sua liquidez e ganhar tempo no mercado. Contudo, as autoridades enxergam essa operação como uma manobra para burlar as normas do Banco Central.


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