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Defesa de policial que matou campeão de jiu-jítsu insulta promotor

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O júri do ex-tenente da Polícia Militar Henrique Octávio de Oliveira Velozo, preso por matar com um tiro na cabeça o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, foi adiado após a defesa do réu ter ofendido o promotor do caso, declarou o Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Em nota divulgada nesta quarta-feira (6/8), o órgão comunicou que membros da defesa de Henrique Velozo dirigiram insultos ao promotor durante o andamento do Tribunal do Júri no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, na terça-feira (5/8).

De acordo com o MPSP, as ofensas levaram à dissolução do Conselho de Sentença e ao adiamento do julgamento, agora remarcado para 12 de novembro, prolongando o sofrimento dos familiares da vítima Leandro Lo, assassinado aos 33 anos em 7 de agosto de 2022, afirmou o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.

A nota informou ainda que a defesa expôs de maneira inadequada a imagem do promotor em redes sociais.

O Ministério Público reafirma a confiança na atuação do doutor João Carlos Calsavara, que conta com total apoio da Procuradoria-Geral de Justiça e continuará empenhado em garantir que o acusado seja responsabilizado penalmente, assegurando à família e à sociedade a prestação jurisdicional necessária ao caso.

Adiamento pela segunda vez

Este é o segundo adiamento do Tribunal do Júri que pode condenar o ex-tenente por homicídio qualificado. A primeira sessão, marcada para 22 de maio, foi suspensa pelo desembargador Marco Antônio Cogan.

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, os advogados do réu alegaram no dia anterior à sessão que o juiz prejudicou o direito de defesa ao cancelar os depoimentos dos peritos particulares contratados por eles.

Em junho, o tenente Henrique Otávio Oliveira Velozo foi desligado da Polícia Militar por decisão do Tribunal de Justiça Militar (TJM). O relatório do Conselho de Justificação, assinado pelo relator Clóvis Santinon, apontou que o ex-oficial praticou condutas que configuram faltas disciplinares graves.

Relembre o caso

O lutador Leandro Lo, aos 33 anos, envolveu-se em uma discussão com o tenente da PM durante um show em um clube de São Paulo, em agosto de 2022.

Após o conflito, o ex-policial Henrique Otávio Oliveira Velozo tentou atacar o campeão mundial com uma garrafa, mas foi derrubado e imobilizado por Leandro Lo.

Após ser liberado pelo lutador, o ex-tenente levantou-se, sacou uma arma e disparou na cabeça do atleta.

O ex-PM foi preso em flagrante. Ele também praticava jiu-jitsu de forma amadora.

Henrique Otávio foi indiciado pela polícia e denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por homicídio com três qualificadoras: motivo torpe, meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima, cuja pena prevista varia de 12 a 30 anos de prisão conforme o Código Penal.

Além disso, o ex-policial responde a um processo administrativo na Justiça Militar, que segue em andamento.

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