Economia
Déficit nas Contas Públicas em Agosto é de R$ 17,3 Bilhões, diz BC

O setor público no Brasil, que compreende o governo federal, estados, municípios e empresas estatais (excluindo bancos e Petrobras), registrou um déficit primário de R$ 17,3 bilhões em agosto, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira.
O déficit primário indica que as despesas do governo superaram as receitas provenientes de impostos e contribuições, sem considerar os juros da dívida pública.
Comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 21,4 bilhões, houve uma melhoria no resultado. O detalhamento mostra que o governo federal teve um déficit de R$ 15,9 bilhões, estados e municípios apresentaram um déficit de R$ 1,3 bilhão, e as estatais registraram um déficit de R$ 6 milhões.
No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit primário soma R$ 23,1 bilhões, o que corresponde a 0,19% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Juros da Dívida
Além das despesas correntes, o governo também enfrenta custos com o pagamento dos juros da dívida pública, que em agosto somaram R$ 74,3 bilhões, valor superior aos R$ 69 bilhões pagos no mesmo mês do ano anterior.
A soma das despesas primárias com os juros gera o chamado déficit nominal, que foi de R$ 91,5 bilhões em agosto. Nos últimos 12 meses, o déficit nominal acumulado alcança R$ 969,6 bilhões, equivalente a 7,81% do PIB.
Nível da Dívida
A dívida líquida do país, que desconta os ativos governamentais, atingiu 64,2% do PIB (aproximadamente R$ 8 trilhões) em agosto. Esse aumento deve-se principalmente aos juros da dívida e à valorização do dólar frente ao real.
Por outro lado, a dívida bruta, que considera o total do endividamento sem descontos de ativos, permaneceu estável em 77,5% do PIB (cerca de R$ 9,6 trilhões) em relação a julho.
Este último indicador é amplamente acompanhado por investidores para avaliar a capacidade do país em controlar suas finanças públicas.

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