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Democrata Ocasio-Cortez questiona Trump sobre aumento de tarifas contra o Brasil

A deputada do Partido Democrata, Alexandria Ocasio-Cortez, solicitou ao governo de Donald Trump uma explicação sobre o aumento de 50% nas tarifas aplicadas sobre produtos brasileiros, que começaram a valer em 6 de agosto.
No mês anterior, sem detalhar, Trump declarou Emergência Nacional e justificou a nova alíquota como uma resposta a supostas ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos originadas do Brasil.
A parlamentar democrata fez o questionamento por meio de uma proposta de emenda ao projeto de lei do Orçamento de Defesa, que ainda aguarda aprovação.
Na sugestão apresentada, a deputada, conhecida como AOC, exige que o Departamento de Defesa apresente um relatório detalhando quais políticas e práticas brasileiras são consideradas uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA.
Ela também pediu uma análise dos efeitos dessas tarifas sobre as relações bilaterais entre os dois países.
Embora o tarifaço tenha entrado em vigor em 6 de agosto, nem todos os produtos brasileiros foram afetados integralmente. Por exemplo, 694 produtos estão isentos, representando 43% das exportações brasileiras para os EUA em 2024, incluindo suco de laranja, derivados de petróleo e produtos da aviação civil.
No entanto, conforme o governo brasileiro, a sobretaxa incide sobre 36% das exportações brasileiras para os Estados Unidos, abrangendo itens importantes como máquinas agrícolas, carnes e café.
O projeto do orçamento da Defesa já conta com 985 propostas de emenda, e a apresentada pela deputada pode não obter apoio suficiente, visto que os democratas são minoria no Congresso.
Trump critica julgamento de Bolsonaro no STF
Entre as justificativas para o aumento da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, o presidente dos EUA, Donald Trump, mencionou o julgamento do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro é réu em processo por tentativa de golpe de Estado.
O julgamento do caso, que pode resultar em condenação ou absolvição de Bolsonaro e outros sete réus, está marcado para iniciar em 2 de agosto, em Brasília.

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