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Depoimento de Cohen ao Congresso volta a pressionar Trump
Ex-advogado condenado a três anos de prisão pode dar novas informações sobre influência russa na eleição presidencial americana
Na terça-feira, o presidente americano, Donald Trump, falou ao Congresso e fez um apelo à união e ao fim de investigações sobre a influência russa nas eleições. Na quinta, o tema volta a assombrá-lo.
Após ter sido condenado a três anos de prisão pelos crimes de violação às leis de financiamento de campanha eleitoral e falso testemunho ao Congresso, nesta quinta-feira, 7, o ex-advogado e braço direito de Trump irá depor mais uma vez no Congresso norte-americano. No último dia dez de janeiro, Michael Cohen aceitou o convite para falar no comitê que investiga a suposta influência russa da campanha presidencial de 2016. A depender das informações que serão reveladas hoje, o futuro de Trump à frente dos Estados Unidos pode ser comprometido, mais uma vez.
Em dezembro, Cohen foi condenado pela justiça norte-americana após assumir ter feito pagamentos para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels e da ex-modelo da Playboy Karen Mcdougal. Ambas as mulheres alegam que tiveram casos extraconjugais com Donald Trump, e ameaçavam soltar essa informação em plena campanha presidencial.
Na época, o ex-advogado também se declarou culpado por ter cometido fraudes fiscais e declarações falsas a um banco. A maior expectativa para o depoimento de hoje é que Cohen dê novas informações sobre o envolvimento da campanha de Trump com autoridades russas. Em dezembro, o ex-advogado também admitiu e foi condenado por ter omitido do Congresso informações sobre a construção de um edifício em Moscou ー a Trump Tower ー que envolveu negociações com autoridades russas.
Trump nega todas as acusações. Segundo ele, Michael Cohen cita seu nome para conseguir ter a pena abrandada. Entretanto, no último dia 17 de janeiro, uma reportagem publicada no site BuzzFeed News acusa Trump de ter instruído Michael Cohen pessoalmente para que o ex-advogado mentisse sobre o projeto da Trump Tower. Segundo a reportagem, as acusações são baseadas em relatos de dois agentes policiais que estão investigando o caso.
O procurador especial Robert Mueller, está investigando a suposta interferência do governo russo na campanha que elegeu Trump, declarou que a reportagem produzida pelo BuzzFeed é imprecisa, mas não especificou quais pontos estariam equivocados. Até o momento, as investigações de Mueller já apontam mais de 20 russos que estariam envolvidos na campanha de Trump à presidência.
Embora o presidente já tenha declarado que não está preocupado com o depoimento que Cohen fará hoje, democratas estão se pronunciando para acusar o presidente. O congressista democrata Ted Lieu afirmou em sua conta no Twitter que as revelações do BuzzFeed mostram “caso claro de obstrução de justiça, um crime”. Apesar dos apelos de Trump, as conexões russas em sua campanha tendem a pressioná-lo mais e mais ao longo de 2019.
Fonte Exame
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