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Deputada Camila Jara nega agressão em confusão na Câmara
Camila Jara, deputada federal pelo PT do Mato Grosso do Sul, foi acusada pelo deputado Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, de tê-lo agredido durante um empurra-empurra na Câmara dos Deputados, na noite de quarta-feira em Brasília.
O deputado mineiro caiu no chão após um contato físico com a parlamentar. Jara nega a acusação e explica que tem 1,60 metro de altura, pesa 49 quilos, está em tratamento contra um câncer e que apenas reagiu à pressão da multidão ao seu redor.
Com 30 anos, Camila Jara está no seu primeiro mandato parlamentar. Ela tem ligações com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e foi eleita em 2022 com 56.552 votos, sendo a única mulher do seu estado na Câmara e a deputada mais jovem da bancada. Atualmente, ocupa o cargo de vice-líder do PT na Casa.
Antes de chegar à Câmara, Jara foi vereadora em Campo Grande de 2020 a 2022. Candidatou-se à prefeitura da capital sul-mato-grossense em 2024, ficando em quarto lugar com 9,43% dos votos.
Formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Jara é conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos e possui grande engajamento nas redes sociais, com seguidores que somam cerca de 300 mil.
Em maio deste ano, anunciou o diagnóstico de câncer na tireoide, passando por duas cirurgias para remoção do tumor e segue em tratamento até o fim do ano.
Incidente na Câmara durante retirada de manifestantes
O episódio ocorreu durante a chegada do presidente da Câmara, Hugo Motta, quando seguranças e deputados tentavam retirar manifestantes que ocupavam a mesa da presidência. Neste tumulto, Nikolas Ferreira acabou caindo.
Nas redes sociais, o deputado acusou Camila Jara de agressão, alegando que foi atacado discretamente. Entretanto, vídeos mostram um ambiente confuso, com muitos parlamentares ao redor da mesa.
Jara negou veementemente a agressão, ressaltando sua condição física e o tratamento médico que enfrenta, afirmando que apenas reagiu à pressão sofrida, ressaltando que qualquer mulher reagiria da mesma forma numa situação semelhante. Ela condenou o que chamou de campanha de perseguição online e afirmou que continuará sua atuação pautada pelo diálogo, sem se intimidar pelo ódio direcionado a ela.
Contexto político da confusão
A tensão entre os deputados aconteceu após mais de 30 horas de obstrução por parte da oposição. Parlamentares bolsonaristas ocuparam a mesa da presidência para pressionar pela votação imediata de um projeto que ampliaria a anistia para manifestantes envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O grupo recusava-se a liberar o espaço até que a proposta fosse pautada.
Esta ocupação paralisou a votação de outras propostas importantes, como a que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos, um tema tido como prioritário por vários deputados.

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