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Deputada diz que Moraes não teve coragem de ir à audiência

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Após a Justiça manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) expressou sua indignação nas redes sociais, criticando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“ABSURDO! Moraes não teve coragem de encarar o Bolsonaro. Enviou um juiz auxiliar para a audiência de custódia”, afirmou a deputada.

A audiência de custódia de Bolsonaro foi realizada por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Moraes, que não esteve presente diretamente na sessão.

Esse procedimento foi mais formal e teve como objetivo verificar as condições da apresentação do ex-presidente, confirmar se ele foi informado dos seus direitos e registrar quaisquer manifestações da defesa. Bolsonaro continua em prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal.

A audiência foi concluída no mesmo dia em que se encerrou o prazo para que a defesa apresente justificativas sobre a violação da tornozeleira eletrônica. O time jurídico tem até as 16h30 para encaminhar os argumentos.

Bolsonaro foi preso preventivamente pela PF na manhã do sábado (22/11), em Brasília, por determinação do ministro Moraes.

Tornozeleira eletrônica violada

O relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal indicou sinais de queimadura e manipulação na tornozeleira eletrônica do ex-presidente. Em depoimento, Bolsonaro admitiu que tentou abrir o dispositivo usando um ferro de solda, o que foi um dos principais motivos para a decretação da prisão preventiva, junto com o risco de fuga para a Embaixada dos Estados Unidos e a possibilidade de agitação originada pela vigília organizada por Flávio Bolsonaro.

A tornozeleira será submetida a perícia pelo Instituto Nacional de Criminalística da PF, que realizará exames para identificar danos, ferramentas usadas e interferências externas no funcionamento do aparelho.

Relato de surto

Durante a audiência de custódia, o ex-presidente contou que a tentativa de danificar a tornozeleira eletrônica decorreu de um suposto “surto”, provavelmente relacionado ao uso de medicamentos. No entanto, ele negou qualquer intenção de fuga.

Conforme registrado na ata da audiência, Bolsonaro relatou ter experimentado uma espécie de paranoia entre a noite de sexta-feira (21/11) e a madrugada de sábado (22/11), atribuída por ele à interação inadequada entre dois medicamentos – Pregabalina e Sertralina – prescritos por médicos diferentes.

Ele declarou que não estava dormindo bem, sofrendo de sono fragmentado, o que teria contribuído para o episódio. Relatou que, por volta da meia-noite, utilizou um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira, alegando saber manusear esse tipo de equipamento. Abandonou a tentativa ao recuperar a consciência e imediatamente comunicou o ocorrido aos agentes.

A ata menciona que o ex-presidente disse ter tido a impressão de estar sendo escutado através da tornozeleira, o que o levou a tentar abrir o dispositivo. Ele afirmou não lembrar de ter passado por esse tipo de surto antes.

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