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Deputada Zambelli fica em greve de fome, cai e se machuca antes de audiência na Itália

Detida na Itália desde 29 de julho, a deputada federal brasileira Carla Zambelli (PL-SP) sofreu uma queda e bateu a cabeça algumas horas antes de uma audiência no Tribunal de Apelação de Roma, realizada nesta quarta-feira. A informação foi confirmada pelo advogado da parlamentar, Fábio Pagnozzi.
Conforme divulgado anteriormente, ao chegar ao tribunal, Zambelli relatou sentir-se mal, desmaiou e precisou de atendimento médico. A audiência, então, foi suspensa.
Em entrevista à Jovem Pan, na quinta-feira, Pagnozzi explicou que a deputada está em greve de fome, fato que a deixou bastante debilitada. Ele também informou que ela enfrenta sérios problemas de saúde na prisão, incluindo fibromialgia, que causa dores pelo corpo, e depressão.
“A sessão teve algo incomum: havia um advogado escolhido pelo governo brasileiro para defender ou contestar a extradição da deputada para o Brasil”, disse Pagnozzi.
A audiência foi adiada e está prevista para ser retomada em 27 de agosto, conforme comunicado da embaixada do Brasil na Itália.
A defesa de Zambelli pretende apresentar ao tribunal uma lista das doenças da deputada como argumentação para obter sua liberdade provisória ou a conversão da prisão preventiva para prisão domiciliar.
O juiz italiano Algo Morgigni está conduzindo o processo. Em uma primeira sessão, ocorrida em 1º de agosto, Zambelli declarou ser vítima de perseguição política e manifestou o desejo de ter um novo julgamento na Itália. A parlamentar possui dupla cidadania.
Outra audiência estava marcada para avaliação do pedido do governo brasileiro para extradição.
Zambelli foi condenada no Brasil a dez anos de prisão por financiar uma tentativa de invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2022.
Detalhes do Caso
A parlamentar foi sentenciada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por falsidade ideológica e invasão do sistema eletrônico do CNJ.
Segundo juristas que acompanham processos de extradição, mesmo estando prevista no tratado bilateral entre Brasil e Itália, a extradição pode demorar entre um ano e meio a dois anos, pois depende de decisões judiciais e também da avaliação política do governo italiano, liderado por Giorgia Meloni.
O governo italiano atual é alinhado ideologicamente com parte da base política de Zambelli, que pode representar uma resistência política mesmo com aprovação judicial para a extradição.

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