Economia
Deputado ameaça prender dirigente por silêncio na CPI do INSS
																								
												
												
											O deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPI do INSS, ameaçou prender Abraão Lincoln Ferreira da Cruz, presidente da Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA), após ele permanecer em silêncio durante seu depoimento na última segunda-feira, 3.
Abraão Lincoln, que compareceu à CPI protegido por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não respondeu a nenhuma das perguntas feitas pelo relator, gerando desconforto entre os membros da comissão.
Gaspar pediu ao presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que autorizasse a prisão no final da sessão, justificando que fará o pedido por falso testemunho, devido ao silêncio que impediu o esclarecimento da verdade.
A sessão foi brevemente suspensa para tentar um acordo, mas ao retornar, Gaspar afirmou que a prisão poderia ser justificada.
Durante o depoimento, o relator questionou Abraão Lincoln sobre uma reunião com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, referente a uma medida provisória sobre o seguro defeso, na qual outros parlamentares também participaram. No entanto, Abraão Lincoln não conseguiu nomear todos os presentes, citando apenas dois: Túlio Gadêlha (Rede-PE) e Padre João (PT-MG).
Os integrantes da CPI acreditam que, embora a CBPA não esteja entre as entidades com maiores descontos associativos ilegais, sua atuação possui conexões com outros grupos envolvidos no esquema investigado, o que pode abrir novas linhas de investigação.
A confederação esteve ligada a negócios com empresas de Antônio Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS’, e manteve relações financeiras com políticos de estados como Rio Grande do Norte, Paraíba e Maranhão.
Em Brasília, a CBPA tem uma presença consolidada, com assento no Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (Conape), órgão do governo federal, representada pelo deputado estadual Juscelino Miguel dos Anjos (Republicanos-PB).
A Polícia Federal investiga a CBPA na Operação Sem Desconto, desencadeada em abril, e tanto a entidade quanto seu presidente tiveram bens bloqueados.
Para a CPI do INSS, a confederação representa um dos núcleos centrais no esquema criminoso desvendado pela Operação Sem Desconto, que causou um prejuízo financeiro estimado em R$ 221,8 milhões, retirados de forma contínua e sistemática dos benefícios concedidos a aposentados e pensionistas.
																	
																															
											
											
											
											
											
											
											
											
											
											
											
											
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