Deputado que pediu fim da vaquejada recebe ameaça por áudio

O deputado federal Célio Studart (PSD) enviou um documento ao diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), José Werick de Carvalho, relatando uma ameaça que recebeu via WhatsApp.

O áudio ameaçador foi encaminhado para o número pessoal do parlamentar logo após ele divulgar um evento nas redes sociais que tem como um dos temas o fim da vaquejada.

No áudio, um usuário chamado Sylfarne Ferreira profere insultos ao deputado, chamando-o de “vagabundo” e alertando que ele “não sabe onde está se metendo”: “Seu vagabundo do caralho, você não sabe onde tá se metendo, para de postar essas bosta de foto proibindo a vaquejada aí que você vai arrumar pra você [Sic].”

No documento enviado à PCDF, o parlamentar afirma que a mensagem constitui crime de ameaça, pela indicação de retaliação caso ele continue se posicionando contra a vaquejada, além de ferir sua honra com insultos ofensivos.

Célio solicita a abertura de uma investigação para identificar o autor das ameaças e pede que sejam adotadas as medidas legais cabíveis, incluindo possível encaminhamento ao Ministério Público, caso seja constatada infração penal.

O deputado afirmou: “Diante dos fatos que apresentamos às autoridades competentes, não vamos nos intimidar. Esperamos que a polícia localize o responsável pelas ameaças.”

Ele acrescentou que “não podemos permitir que essas pessoas se sintam à vontade para ameaçar um parlamentar durante o exercício de suas funções por meio de mensagens de celular. Continuaremos lutando contra a vaquejada e todas as práticas prejudiciais aos animais e à sociedade.”

No seu perfil oficial da Câmara dos Deputados, Célio é apresentado como advogado, idealizador do Movimento São Francisco e fundador do Instituto Politizar, uma organização não-governamental dedicada à educação política. Entre as principais causas defendidas por ele estão os direitos dos animais, o apoio a pessoas com deficiência, a preservação ambiental e o fortalecimento da enfermagem.