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Deputados criticam ocupações, mas cobram “sensibilidade” nas derrubadas
Antes do começo da derrubada de casas na chácara 200 de Vicente Pires, a presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão (PDT) articulava a criação de uma parceria institucional
Após as fortes imagens da desocupação de terras públicas na chácara 200 de Vicente Pires, a Câmara Legislativa começou a se movimentar para entrar no polêmico debate da regularização fundiária e repressão da grilagem no Distrito Federal. Os distritais estudam a possibilidade de montar um grupo de trabalho para acompanhar a questão.
De público, os parlamentares não se opõem ao combate às ocupações ilegais, mas cobram mais sensibilidade nas ações do governo. Antes do começo da derrubada de casas na chácara 200 de Vicente Pires, a presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão (PDT) articulava a criação de uma parceria institucional.
“Quero que a gente monte uma força-tarefa. Não pode ser de um poder isolado. Tem que ser o Distrito Federal inteiro contra a grilagem e a ocupação irregular de terras. Em caso contrário, não vamos dar conta de legalizar essa cidade nunca”, afirmou. Celina considera que a Câmara, GDF, TCDF, MP e Judiciário devem unir forças.
Após o episódio de Vicente Pires, porém, parte dos parlamentares decidiram entrar no debate. O deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) avalia que a linha de ação do GDF foi traumatica e gerou imagens horríveis. “Quero crer que o cumprimento da lei não precisa necessariamente ser feito dessa forma. É possível solucionar conflitos sem gerar outros conflitos”, julgou.
Promotoria aprova
Já a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente do MP considera que o GDF agiu de forma acertada no caso da chácara 200. “A regularização é um processo que, necessariamente, vai ter situações complicadas de desocupação e situações em que o Estado tem que se fazer forte para benefício de toda comunidade”, declara o promotor Cesar Augusto Nardelli.
A promotora Luciana Bertini acrescenta que a proteção das reservas ambientais e dos espaços previstos para equipamentos públicos devem sempre nortear o processo de regularização. Lembra ainda que, no caso da chácara 200, a área estava reservada para serviços públicos.

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