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Deputados do PL que não apoiaram a diminuição de penas de Bolsonaro
O partido PL, liderado por Jair Bolsonaro, teve 75 votos a favor na última quarta-feira para um projeto que reduz as penas do ex-presidente e de outros envolvidos numa tentativa de golpe de Estado em 2023. Além dos deputados que não estiveram presentes na sessão, como Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), somente um membro do partido de Bolsonaro votou contra o projeto de redução das penas: Osmar Terra (PL-RS), um dos 148 votos contrários.
A movimentação para garantir a aprovação da proposta, que diminuiria pela metade o período de prisão de Bolsonaro, veio após Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ser anunciado como o candidato do campo de direita nas eleições presidenciais de 2026, apoiado pelo ex-presidente. Agora, o projeto será analisado pelo Senado.
Além de Osmar Terra, outros nove deputados do PL não votaram a favor por estarem ausentes na sessão:
- Carla Zambelli (PL-SP)
- Delegado Ramagem (PL-RJ)
- Detinha (PL-MA)
- Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
- João Carlos Bacelar (PL-BA)
- Josimar Maranhãozinho (PL-MA)
- Matheus Noronha (PL-CE)
- Pastor Gil (PL-MA)
- Wellington Roberto (PL-PB)
Osmar Terra ainda não comentou sua posição contrária ao projeto.
Antes de apoiar o bolsonarismo, Terra teve uma trajetória como militante de esquerda na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se formou médico e se posicionou contra a ditadura. Ele foi um dos defensores da criação do Sistema Único de Saúde e colaborou com Ruth Cardoso na Comunidade Solidária. Sua parceira universitária foi vítima de tortura pelo coronel reformado Carlos Brilhante Ustra, figura que Jair Bolsonaro elogiou em várias ocasiões.
Durante a ditadura militar, Terra chegou a morar no exterior e afastar-se da política. Após a redemocratização, retornou à atuação política sendo prefeito de Santa Rosa (RS) entre 1993 e 1996, e desde 2006 é deputado federal pelo Rio Grande do Sul.
Terra foi ministro do Desenvolvimento Social no governo de Michel Temer (2016-2018) e ministro da Cidadania sob Bolsonaro. Em 2020, foi substituído por Onyx Lorenzoni, que cedeu o cargo para o general Walter Souza Braga Netto, igualmente condenado e preso pelo envolvimento no golpe.
O deputado ficou conhecido como um dos conselheiros de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19. Em março de 2020, previu que o coronavírus teria impacto menor que a gripe H1N1 de 2009, que causou 2.146 mortes. Terra afirmou repetidamente que a pandemia estava próxima do fim e que não haveria necessidade de vacina, chegando a negar uma segunda onda de infecções.
Meses depois, demonstrou solidariedade às famílias das vítimas após o Brasil ultrapassar 500 mil mortes, destacando a necessidade de refletir sobre a vulnerabilidade humana diante das forças da natureza e aprender a enfrentar futuros desafios.
Ex-ministro, ele foi identificado como o responsável por organizar um grupo de médicos que criaram um


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