Maior reservatório do Distrito Federal, o Descoberto deve atingir um volume mínimo de 21,9% no fim da seca deste ano. É o que prevê a Agência Reguladora de Águas (Adasa), que divulgou nesta sexta-feira (4) a nova curva de acompanhamento do reservatório. A expectativa é de que este limite seja alcançado ao fim de novembro.
Se a previsão se confirmar, ainda assim, o Descoberto ficaria longe do mínimo histórico de 5,3% – atingido no dia 7 de novembro de 2017, em pleno racionamento.
Na mesma resolução, a Adasa autoriza a Caesb a aumentar o volume de captação de água do reservatório a partir do fim do racionamento, anunciado para 15 de junho. O limite, que atualmente é de 3,3 mil litros por segundo, passará a ser de 4,3 mil litros por segundo.
A agência também aumenta o período de captação de água para os produtores rurais da região. Atualmente, eles estão autorizados a retirar água dos afluentes do reservatório apenas entre as 6h e 9h. A partir de 15 de junho, ficará autorizada a captação de água também entre as 15h e 18h.
Fim do racionamento
Na quinta-feira (3), o governador Rodrigo Rollemberg anunciou que o racionamento acabará em 15 de junho. Segundo o GDF, a decisão foi tomada com base, principalmente, nos níveis dos maiores reservatórios que abastecem a região.
Também foram observadas a redução do consumo de água pela população – de 12% a 13%, segundo o governo – e a entrada em funcionamento de novas obras de captação, tais como a do Córrego Bananal e a do reservatório de Corumbá IV.
“É com muita alegria, graças à população e graças ao esforço dos agricultores que mudaram seus métodos de irrigação”, disse o governador. “Tenho certeza que nossa população adquiriu novos hábitos”, completou.
Água mais cara
Nesta segunda (30), uma publicação no Diário Oficial concedeu o aumento de 2,99% no valor cobrado pela água no Distrito Federal. O reajuste, que passa a valer em 1º de junho deste ano, é menor do que o desejado pela Caesb e maior do que queria a Adasa. O governo vai recorrer do aumento.
Alegando prejuízo por causa do menor consumo de água devido ao racionamento, a Caesb pleiteava um aumento de 9,69% na tarifa. Já a Adasa dizia que 2,06% eram suficientes para manter o equilíbrio econômico-financeiro da estatal.
Agora, a aposta da Caesb para evitar prejuízo em 2018 é o Plano de Demissão Voluntária (PDV) e a cobrança de contas atrasadas e na automatização do sistema.
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