Centro-Oeste
Desembargador diz que Moraes deveria mandar Bolsonaro para prisão militar
O desembargador aposentado Sebastião Coelho utilizou suas redes sociais para criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por não encaminhar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para uma prisão militar onde cumpriria sua pena de 24 anos.
Em sua publicação, Sebastião Coelho declarou: “Até quando aceitaremos, ficaremos em silêncio, vendo um capitão do Exército detido na Polícia Federal, quando sua prisão deveria ocorrer em uma unidade do Exército brasileiro? E o comandante do Exército permanecendo calado, cabisbaixo.”
Aliado de Bolsonaro, o ex-desembargador também criticou o comandante do Exército, Tomás Paiva, questionando se ele fará alguma manifestação pública ou continuará em silêncio cúmplice com Alexandre de Moraes.
Na sua página do Instagram, o ex-magistrado convocou seus apoiadores para uma paralisação geral, afirmando que este é “o único caminho restante”. Segundo ele, já foram feitos todos os esforços possíveis até o momento sem sucesso, destacando que a finalidade da paralisação é obter uma anistia ampla, geral e irrestrita para todos os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e para Bolsonaro, que representa todos eles. Ele indicou o Congresso Nacional como destinatário da paralisação, acusando-o de ignorar o povo brasileiro.
Apelo por reação
A prisão e contexto
Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal em Brasília por ordem do ministro Alexandre de Moraes. O pedido de prisão partiu da própria Polícia Federal, que alegou risco de fuga do ex-presidente durante a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro.
Na decisão que autorizou a prisão, Moraes afirmou que Bolsonaro violou o uso da tornozeleira eletrônica por volta da meia-noite do dia 22/11/2025, conforme monitoramento. Segundo o ministro, o Centro de Monitoramento Integrado do Distrito Federal comunicou a intenção do condenado de romper o dispositivo para garantir sua fuga, facilitada pela confusão gerada pela manifestação convocada por seu filho.
Desdobramentos legais
O Supremo Tribunal Federal declarou o trânsito em julgado do processo contra Bolsonaro e outros envolvidos em uma trama golpista, sem possibilidade de recurso. Entre os outros réus estão Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência.
Generais e oficiais de alta patente, como Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, também tiveram mandados de prisão expedidos, com preparativos para suas detenções no Comando Militar do Planalto. O almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha do Brasil, foi detido em Brasília.

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