Desemprego permanece estável em 5,6% no mês de setembro

Após uma sequência de marcas recordes, o índice de desemprego apresentou estabilidade pelo segundo mês consecutivo, situando-se no nível mais baixo já registrado no Brasil.

A taxa seguiu em 5,6% no trimestre finalizado em setembro, consolidando o recorde histórico desde o início da série em 2012, repetindo o resultado de agosto. Os dados foram divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, disponibilizada pelo IBGE nesta sexta-feira (31).

Os números superaram as expectativas dos especialistas do mercado, que previam uma redução para 5,5% em setembro, conforme a mediana das projeções do Valor Data.

Nos três meses anteriores, até junho, usados como comparação, a taxa de desemprego estava em 5,8%. No trimestre encerrado em setembro do ano anterior, o índice era de 6,4%.

Embora a porcentagem tenha permanecido constante, o total de pessoas desocupadas diminuiu para o menor registrado desde o começo da pesquisa: 6,045 milhões, representando uma redução de 209 mil pessoas frente ao trimestre encerrado em junho e uma queda de 809 mil em relação ao ano anterior.

Os dados de março também indicaram recordes na renda média, com crescimento de 4% em um ano; no total de trabalhadores com carteira assinada, que atingiu 39,229 milhões; e na taxa de subutilização, que caiu para 13,9%, o menor valor da série histórica.

Especialistas econômicos destacam que esses últimos resultados confirmam um cenário de mercado de trabalho bastante ativo e favorável aos trabalhadores. Entretanto, o ritmo mais lento da atividade econômica, com setores como comércio e indústria mostrando sinais de desaceleração, sugere que o mercado de trabalho pode não apresentar reduções tão significativas adiante.