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Destino incerto dos 20 reféns israelenses vivos em Gaza

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Vinte reféns israelenses que acredita-se ainda estarem vivos completaram, nesta terça-feira (7), dois anos em cativeiro na Faixa de Gaza, porém seu futuro permanece incerto enquanto negociações indiretas acontecem no Cairo para possibilitar sua libertação e pelo término do conflito entre Israel e o Hamas.

Provas de vida

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apresentou em 26 de setembro, perante a Assembleia Geral da ONU, os nomes dos 20 reféns em Gaza que naquele momento se cría estarem vivos.

Enquanto os bombardeios israelenses e confrontos continuam na Faixa de Gaza, as famílias permanecem sem certezas acerca do destino de seus entes queridos. Em certas situações, reféns considerados vivos foram retornados para Israel em caixões, como o franco-israelense Ohad Yahalomi, em fevereiro.

Desde o final de julho, quatro reféns surgiram vivos em vídeos divulgados pelo Hamas e pela Jihad Islâmica, alguns aparentando estar debilitados e desnutridos.

Dois possíveis falecidos

Em seu discurso na ONU, Netanyahu não mencionou o estudante nepalês Bipin Joshi (com 22 anos na época do sequestro) nem o soldado israelense Tamir Nimrodi (com 18 anos na data do sequestro).

Esses são os dois únicos reféns cuja morte não foi confirmada pelo Exército israelense, mas também não existem provas de vida desde o dia do sequestro, em 7 de outubro de 2023.

Somente homens

Os 20 reféns tidos como vivos são todos homens israelenses, pelo menos nove deles possuem dupla nacionalidade. A maior parte deles tem menos de 30 anos.

Três são soldados, entre eles Nimrod Cohen, de 21 anos, possivelmente o mais jovem ainda em cativeiro, e Omri Miran, israelense-húngaro residente no kibutz Nahal Oz, na fronteira com Gaza, que seria o mais velho, com 48 anos.

Mais da metade dos demais reféns (11) estava no festival de música Nova.

Corpos retidos

O Hamas e seu aliado, a Jihad Islâmica, mantêm também os corpos de 25 reféns do ataque de 7 de outubro, cujas mortes foram confirmadas pelo Exército israelense. Ao menos 17 foram assassinados no dia do ataque e levados mortos à Gaza, conforme o Exército.

O Hamas detém ainda o corpo de um soldado israelense morto em 2014, durante uma guerra anterior na Faixa de Gaza.

Libertações e repatriações

Em 7 de outubro de 2023, durante o ataque do Hamas e de seus aliados contra o sul de Israel, comandos do grupo islamista palestino levaram para Gaza 251 pessoas e corpos.

Desse total, 146 pessoas retornaram vivas para Israel e 58 corpos foram repatriados.

As liberações ocorreram principalmente durante duas tréguas: uma em novembro de 2023, quando foram soltas principalmente mulheres, crianças e trabalhadores estrangeiros; e outra entre 19 de janeiro e 18 de março de 2025, que permitiu a libertação das últimas mulheres vivas, idosos e reféns com problemas de saúde.

Além disso, oito reféns foram libertados durante operações do Exército israelense.

Nenhum refém foi libertado com vida desde o israelense-americano Edan Alexander, em 12 de maio.

Nacionalidades dos reféns

Durante o ataque de 7 de outubro de 2023, pelo menos 41 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza, incluindo 11 dos 25 soldados capturados.

Entre todos os reféns, mortos ou vivos, 144 eram homens, 71 mulheres e 36 menores de idade. Desses, 216 eram israelenses ou possuíam dupla nacionalidade, 31 eram trabalhadores agrícolas tailandeses e quatro de outras nacionalidades.

Dos 102 reféns com dupla nacionalidade, havia pelo menos 22 israelenses-argentinos — entre eles os irmãos bebê Kfir e Ariel Bibas, que tornaram-se símbolos em Israel e cujos corpos foram repatriados em 20 de fevereiro —, além de 19 israelenses-alemães e 16 israelenses-americanos. Alguns adquiriram uma segunda nacionalidade durante o cativeiro para facilitar sua libertação.

Na fronteira com a Faixa de Gaza, o kibutz Nir Oz foi o local com maior número de sequestros (76, incluindo trabalhadores estrangeiros), seguido por Beeri (34) e Kfar Aza (19).

Além disso, 43 pessoas foram feitas reféns ao tentarem fugir do festival de música eletrônica Nova, que reuniu mais de 3 mil participantes, dos quais pelo menos 370 foram mortos.

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