Detentos que aplicam o golpe do falso sequestro passaram a investigar a vida da vítima nas redes sociais antes de agir, informou a Polícia Militar do Distrito Federal. Em duas semanas de buscas, os “stalkers” procuram por informações como fotos, endereços da casa, trabalho ou escola para empregar a estratégia de extorsão – que pede o pagamento como resgate em um falso sequestro relâmpago.
Uma das vítimas é um aposentado de 73 anos que recebeu ligação dizendo que a filha tinha sido sequestrada. Quem ligava sabia exatamente o nome da filha, que não mora com ele. Foram exigidos R$ 15 mil. Ele disse que não tinha o dinheiro e que só poderia pagar R$ 1 mil.
Desesperado, tentou fazer o primeiro saque às 8h, mas o cartão estava bloqueado. Voltou para casa e pegou o cartão da mulher. Assim, o depósito foi feito, mas os golpistas continuaram exigindo dinheiro. O aposentado chegou a pedir emprestado para parentes e teve o celular bloqueado, sem conseguir ligar para saber como estava a filha.
De acordo com a PM, as ligações partem principalmente de presídios de São Paulo e do Rio de Janeiro. No caso do aposentado, o dinheiro foi sacado pouco tempo depois em duas contas no estado do Rio. A Polícia Civil está com o chip do celular da vítima e investiga se o grupo também atua no DF.
Segurança em redes sociais
As redes sociais oferecem opções para limitar quem tem acesso ao que é publicado. O Twitter oferece a opção “Proteger meus tweets”, que só libera as publicações a quem for autorizado. O Instagram possui a opção idêntica chamada de “Conta privada”. É possível alterar entre essas opções livremente, ou seja, uma conta privada pode voltar a ser pública a qualquer momento. Veja as dicas compiladas pelo G1.
O Facebook dá a opção de trocar publicações antigas de “Público” para particulares (“Somente amigos”), com o “Limitar publicações anteriores”. O processo, no entanto, é irreversível. Caso você queira liberar o acesso às publicações novamente, você será obrigado a alterá-las uma a uma (acesse as configurações do Facebook).
O aplicativo do celular pode incluir na foto uma informação de geolocalização, identificando onde a foto foi tirada. Essa informação pode ainda ser incluída em todas as suas fotos tiradas com o celular e sincronizadas para serviços como Google Drive, OneDrive ou iCloud, o que pode expor desnecessariamente sua privacidade no futuro caso você sofra um ataque.
O Twitter também possui a opção de marcar todos os Tweets com uma geomarcação e é importante ter cuidado ao ativar esse recurso. O Instagram e o Facebook removem os detalhes de GPS das fotos, mantendo apenas uma localização aproximada.
Ainda assim, isso pode incluir a cidade onde o usuário está, o que pode ser mais do que o usuário queira compartilhar. Um recurso em uma viagem, que liga as fotos e Tweets pelos lugares visitados pode não ser muito benéfico depois que o turista está de volta em casa.
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