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DF já registra 75% a mais de casos de meningite do que em 2015

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Este ano houve 14 confirmações; durante todo o ano passado, 8 casos. Secretaria de Saúde nega surto e diz que o número está dentro da média.

Enfermeira prepara injeção com vacina para o vírus H1N1 (Foto: Carla Carniel/Código 19/Estadão Conteúdo)

Dados da Secretaria de Saúde mostram que o número de casos confirmados de meningite no Distrito Federal aumentou cerca de 75% com relação ao ano passado. Até o último dia 5 de novembro, as unidades de saúde do DF haviam registrado 14 confirmações da doença, contra oito casos em todo o ano de 2015. A pasta descarta hipótese de surto.

“Para falar em surto, os casos têm que estar relacionados entre si,o que não é o caso. Este ano, o número [de casos] está dentro do esperado”, explica a gerente da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Priscilene Reis.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o aumento registrado este ano está dentro da média esperada desde que a vacina meningocócica C, que protege contra o mais comum dos tipos da doença,  foi implantada em 2010. De lá pra cá, a média anual é pouco mais de 15 casos. A secretaria considera que o ano de 2015 foi atípico, já que houve casos abaixo do limite esperado.

O cálculo e controle de casos de meningite é feito por semana. Não é comum, portanto, que haja mais que um caso semanal, segundo a pasta. Este ano, contudo, houve apenas uma situação alarmante para a saúde pública. Em uma das semanas epidemiológicas do mês abril foram registrados dois casos, o que fez a secretaria entrar em estado de alerta. Até o momento, não houve mais situações de alerta.

A meningite é a inflamação das meninges, membranas que envolvem a medula e o cérebro. Há duas formas de contrair meningite. A primeira, mais comum, é pela infeção por bactérias, vírus, fungos, protozoários e helmintos (espécie de larva). A segunda, por agentes não infecciosos, como traumatismos cranianos.

Os principais sintomas são febre alta de repente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez da nuca e manchas vermelhas pela pele. Crianças menores de um ano podem apresentar os sintomas com menor intensidade e os pais devem se atentar para a moleira do bebê estar tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.

 

Laboratório Sodré é o único a realizar exames toxicológicos no país (Foto: Divulgação)

Como se trata de tratamento hospitalar, quem apresentar os sintomas deve procurar qualquer hospital da rede pública do DF. A secretaria garante que há atendimento a todos os que procuram, mesmo com os eventos recentes, de paralisação de servidores e funcionários. A confirmação da doença pode ser feita por meio de exames laboratoriais.

O tratamento é feito por meio de antibióticos e medidas de suporte, que variam de acordo com o sintoma do paciente, como febre ou vômitos. A doença pode levar à morte. A orientação do Ministério da Saúde é que, tão logo sejam identificados os sintomas, o cidadão deve procurar atendimento médico para tratar da doença.

A meningite pode ser transmitida de pessoa para pessoa, por meio do ar. A rede pública oferece vacinas contra diversos vírus e bactérias que podem transmitir a doença e que estão disponíveis nas unidades de saúde.

 

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