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DF prevê R$ 18 milhões para compra de toalhas, panos de prato e colchões

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Estão citados 53 mil cobertores, 67 mil colchões e 23 mil toalhas de rosto. Rollemberg afirma que consumo ocorrerá ‘na medida das necessidades’.

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O governo do Distrito Federal prevê gastar até R$ 17,9 milhões na compra de roupas de cama, mesa e banho dentro do período de um ano. Entre as aquisições estão 53 mil cobertores de solteiro, 67 mil colchões de espuma para solteiro, 23 mil toalhas de rosto e 5 mil panos de prato. O aviso do certame foi publicado no Diário Oficial do DF no último dia 14.

Os produtos serão distribuídos em abrigos, unidades de internação, centros de detenção, na Casa da Mulher, albergues, orfanatos e creches. Também devem ser contemplados locais atendidos por programas sociais. Segundo a Secretaria de Gestão Administrativa e Desburocratização, apesar de o montante ser vultoso, a medida permitirá economia de até 45% por centralizar demandas de 24 órgãos.

“Não necessariamente vai ser comprado tudo de uma vez”, afirma o subsecretário de Logística, José Eduardo Ribeiro. “Eu faço uma licitação e a empresa que me fornecer fica obrigada a manter aquele preço. A hora que preciso [do item], formalizo um contrato e aí sim eu pago a ele.”

O gestor não soube, porém, informar o número exato de beneficiários. Um levantamento feito pela Universidade de Brasília aponta que o DF tem 2,5 mil moradores de rua. Além disso, a população carcerária é de 14,5 mil e existem cerca de 90 crianças cadastradas para adoção em 17 abrigos.

De acordo com Ribeiro, os quantitativos foram passados com base na média de consumo das secretarias de Desenvolvimento Humano e Social; Políticas para Crianças; Justiça; e Política para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos; além do Hemocentro, delegacias e administrações regionais. A justificativa para as altas demandas é de que os produtos têm grande rotatividade.

“[A ideia é] Evitar contratos emergenciais no futuro”, declarou. “[Durante o período vamos fazer] controle geral de todo o governo, saber o consumo, se realmente há necessidade disso tudo [grandes quantidades de cada material]. No próximo ano pode ser que se veja que a necessidade é muito menor.”

Crise financeira
O subsecretário de Logística, José Eduardo Ribeiro, afirmou considerar que a medida também é importante para a racionalização dos gastos do governo. A atual gestão assumiu afirmando haver um rombo de R$ 6,5 bilhões. A crise ameaça os salários dos últimos meses do ano de servidores públicos.

“Uma licitação, em média, custa em média R$ 13 mil. Imagine se eu fosse comprar aqui para 24, 25 secretarias, seria 25 vezes R$ 13 mil. Aqui eu só vou comprar uma vez. Todo esforço que eu faço para comprar para uma secretaria, eu vou fazer para contratar para 24, 25.”

“É um gasto inteligente”, completou o subsecretário. “As condições de negociação também vão ficando mais em conta. Eu vou falar para o fornecedor que eu vou gastar R$ 17 milhões, não R$ 3 milhões. ‘Que preço você pode me fazer?’. Antes ele me traria isso em um caminhão, que vinha [preenchido] pela metade. Hoje pode ser interessante que ele venha com o caminhão cheio e pague um único frete.”

O governador Rodrigo Rollemberg disse  que o material é necessário para as ações das unidades socioeducativas e da Defesa Civil, mas que não há obrigação de empregar todo o dinheiro previsto. “Você pode até utilizar aquele recurso, mas você vai usar na medida das necessidades.”

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