O Distrito Federal voltou a entrar em estado de alerta em razão da baixa umidade relativa do ar. Na terça-feira (9), o índice chegou a 13% e atingiu o menor nível do ano. Nesta quarta (10), a mínima foi de 16%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Apesar da longa estiagem, o Inmet prevê chuvas nos próximos dias.
Em entrevista, o órgão informou que há 30% de chances de pancadas isoladas de chuva nesta quinta (11), principalmente em regiões mais afastadas do Plano Piloto. Nesta quarta, o DF atingiu 85 dias de estiagem – em 2015, o recorde foi de 101 dias.
Com a falta de chuvas, a lagoa do Parque da Cidade se transformou em um cenário parecido com o do sertão: parte do perímetro passou a ter só terra, e o restante tem o nível de água tão abaixo do normal que peixes deixam rastro na lama. A administração diz estudar abrir um poço artesiano no local para evitar o problema.
Os incêndios também se multiplicaram. No primeiro semestre do ano, a área consumida em queimadas florestais foi 11,5 vezes maior que o registrado no mesmo período de 2015, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Foram 2.701,28 hectares consumidos pela chama – cada hectare equivale a um campo de futebol.
Estado de alerta
Também em julho, o DF bateu um recorde histórico de calor. Desde 1961, a temperatura naquele mês nunca tinha atingido os 30,8º, marca alcançada no dia 14. A situação foi causada por uma massa de ar seco estacionada sobre o Planalto Central, segundo o Inmet.
Em abril deste ano, o GDF retomou o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. A medida é uma articulação entre secretarias e empresas locais para estabelecer formas de prevenção e combate aos incêndio florestais no período da seca, que ocorre de maio a setembro.
Entre as instruções do plano, está o mapeamento de áreas em que há depósitos de resíduos, a retirada desses resíduos e a criação de uma estratégia de fiscalização e monitoramento contínuo. Em abril, o Corpo de Bombeiros capacitou catadores de material reciclável e garis para prevenir incêndios.
Confira as recomendações da Defesa Civil para períodos de baixa umidade:
– Evitar aglomerações em ambientes;
– Aumentar a ingestão diária de líquidos, independentemente de apresentar sede ou não. Beber pelo menos seis copos d’água de tamanho médio;
– Evitar banhos prolongados com água quente, bem como o uso excessivo de sabonete para não eliminar totalmente a oleosidade natural da pele;
– Pingar duas gotas de soro fisiológico em cada narina, pelo menos seis vezes ao dia. Esse procedimento evita o ressecamento nasal e a ocorrência de sangramento;
– Evitar ligar aparelhos de ar-condicionado, que retiram ainda mais a umidade do ambiente;
– Colocar toalhas molhadas e bacias com água nos quartos durante todo o dia. Isso ajuda a manter o ar ambiente mais úmido;
– Trajar roupas adequadas às condições do tempo. No calor, usar roupas leves e se possível de algodão;
– Fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras sempre que possível;
– Evitar exercícios físicos no período compreendido entre 10h às 17h. Neste período, a insolação e evaporação atingem seus índices máximos;
– Usar cremes hidratantes ou óleo vegetal em abundância para evitar o ressecamento da pele;
– Optar pelo uso de sombrinha ou guarda-chuva no período mais quente.
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