No ano em que se tornará uma cidade centenária, em 2060, o Distrito Federal terá as marcas da idade estampadas no rosto dos seus habitantes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até lá, o DF terá cerca de dois moradores idosos para cada jovem.
Os dados da Projeção da População foram divulgados nesta quarta-feira (25), em coletiva no Rio de Janeiro. Eles são reflexo de duas tendências:
- aumento da esperança de vida ao nascer: hoje, a expectativa é de que um bebê nascido no DF viva de 75 anos (homem) a 82 anos (mulher). Em 2060, os números passarão para 79,5 anos e 85,6 anos, respectivamente.
- queda do índice de fertilidade: hoje, cada mulher no DF tem, em média, 1,68 filho. Daqui a 42 anos, essa taxa deve cair para 1,5. A queda parece pequena, mas vai aproximar a capital federal dos índices atuais da Europa – onde a baixa população jovem já é um problema.
A estimativa do IBGE é feita com base nos métodos demográficos da Divisão de População das Nações Unidas. Com esses dados, é possível “prever” as principais demandas de cada faixa etária nos próximos anos, e programar políticas públicas – construção de creches ou abrigos, por exemplo.
Devagar e sempre
De acordo com as tabelas do IBGE, mesmo com a fecundidade mais baixa e o envelhecimento dos moradores, o Distrito Federal chegará aos anos 2060 com uma taxa positiva de crescimento populacional. Na prática: a população vai crescer pouquinho, mas ainda vai crescer.
A tendência nacional é oposta. O estudo prevê que a população brasileira crescerá até 2040, atingido um ápice de 231,9 milhões neste ano. A partir daí, o número recua pouco a pouco, caindo no patamar de 228,9 em 2060.
No Distrito Federal, isso não deve acontecer. Hoje, o IBGE calcula 2.972.209 moradores na capital. Em 2060, serão 3.789.728 – uma alta de 27,5%, sem um único ano de saldo negativo até lá.
Faça as contas
Em 2018, o DF deve fechar o ano com 44,3 mil nascimentos e 12,2 mil óbitos – um saldo positivo de 31,3 mil novos brasilienses.
Em 2060, serão 32,9 mil batizados (-25%) e 44,8 mil velórios (+267%) – uma baixa de 11,8 mil nos estoques de moradores do DF.
O saldo final é positivo, no entanto, porque o IBGE projeta um saldo migratório positivo durante todas essas décadas, ou seja, mais gente chegando ao DF que indo embora pro resto do mundo.
Fonte G1 DF.
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