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Dilma está estarrecida com divulgação de áudio sobre a Petrobras

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Presidenta Dilma

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MARINA RIBEIRO

1. O problema é o sigilo

A investigação sobre o esquema de desvio de verbas na Petrobras ganhou um novo agravante na quinta-feira (9) quando áudios do depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, foram divulgados pela imprensa. Nele, partidos como PT, PMDB e PP foram acusados de se beneficiar do esquema e financiar campanhas com o dinheiro de propina.

Nesta sexta-feira (10), a presidente Dilma Rousseff (PT) falou sobre o tema em uma entrevista coletiva. A petista preferiu comentar o fato de tais declarações terem vindo à tona do que seu conteúdo. “Tive todo interesse em ter acesso a isso [depoimentos de Paulo Roberto] para tomar as medidas cabíveis. Sei, por informação do Ministério Público Federal e do Supremo Tribunal Federal, que essas informações ainda estão sob sigilo. Então, eu acho muito estranho e muito estarrecedor que, no meio de uma campanha eleitoral, façam esse tipo de divulgação”, disse de acordo com o G1.

A atual presidente disse que irá exigir a punição para o PT (ou qualquer partido), caso as denúncias sejam comprovadas. “E doa a quem doer”, afirmou.

2. Sem vazamento

A Justiça Federal do Paraná divulgou nota negando que a divulgação dos vídeos foi um “vazamento”. Em nota, o juiz Nivaldo Brunoni afirma que o depoimento se refere a uma das dez ações penais do caso, que “não tramitam em segredo de Justiça e, portanto, estão sujeitas ao princípio da publicidade” e não da delação premiada do ex-diretor.

Os interrogatórios foram realizados em audiência pública, acessível a qualquer pessoa. Além disso, as declarações foram imediatamente inseridas no processo que tramita eletronicamente, que tem atos estão disponíveis na internet. Aparentemente, a presidente poderia ter acesso como qualquer outro cidadão.

3. Nem tudo por Marina

Aécio Neves (PSDB) declarou nesta sexta-feira (10) que não vai alterar a “espinha dorsal” de seu programa de governo pelo apoio de Marina Silva (PSB). A ex-ministra queria que o candidato acatasse algumas sugestões apresentadas por ela para que o apoiasse no segundo turno.

“Nós temos que aguardar que a Marina tome a sua decisão, não cabe a mim antecipar essa decisão. O que eu posso dizer é que encontro muitas convergências na questão social, na questão da sustentabilidade, entre os dois programas. Não acredito que haverá dificuldade para construirmos esse entendimento. Mas a espinha dorsal do nosso programa será mantida, até porque foi aprovada por mais de 30% dos brasileiros”, afirmou o candidato segundo o G1.

Fontes próximas afirmam que um dos pontos que não poderá ser negociado é a redução da maioridade penal em casos de crimes gravíssimos.

Aécio Neves (PSDB) durante entrevista coletiva (Foto: Marcos Fernandes/Divulgação)

Aécio Neves (PSDB) durante entrevista coletiva (Foto: Marcos Fernandes/Divulgação)

4. Peso do apoio

Dados da pesquisa Datafolha mostraram que somente 16% dos entrevistados dizem que o apoio de Marina Silva (PSB) pode influenciar seu voto. Dos eleitores da ex-senadora entrevistados pela pesquisa, 65% afirmam que não votarão “de jeito nenhum” em Dilma Rousseff (PT) e apenas 18% dizem o mesmo sobre Aécio Neves (PSDDB). Entre os que votaram branco ou nulo, 55% prefere o tucano contra 35% que escolheria a petista. Os dados são do blog Painel, da Folha de S.Paulo.

5. Defesa nas redes

A nova moda entre tucanos parece ser gravar vídeos de defesa para serem compartilhados nas redes sociais. Na quinta-feira (9), Aécio Neves (PSDB) gravou uma mensagem em que negava acusações e pedia que seus apoiadores replicassem em grupos do Whatsapp (aplicativo de troca de mensagens), como relatou o colunista Felipe Patury. Nesta sexta-feira (10) foi a vez do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) gravou uma mensagem em vídeo em que diz que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) mentiu quando o acusou de criticar nordestinos. “O povo não é bobo, o povo sabe que quem fez o Plano Real fomos nós, quando fui ministro da Fazenda, que melhorou a vida de todo mundo, dos pobres, do trabalhador”, afirmou segundo relatou o Estadão.

6. Sem número

Já cansou de ver “DILMA 13” e “AÉCIO 45” nas suas redes sociais? Pois é, pode ser que o empenho dos comentaristas da internet não esteja sendo tão eficiente assim para marcar o número de urna de seus candidatos na memória de todos. A pesquisa Datafolha também mostrou que 91% dos possíveis eleitores de Dilma Rousseff (PT) sabem o número da candidata contra 79% dos de Aécio Neves (PSDB). Segundo a Folha, se fossem considerados somente os eleitores que sabem corretamente como votar nos seus escolhidos, a petista teria vantagem sobre o tucano. Seria 52% de Dilma contra 48% – uma diferença do atual resultado em que o candidato do PSDB aparece com 51% das intenções de voto e a atual presidente tem 49%.

7. Alta rejeição

A rejeição dos candidatos também foi medida na pesquisa Datafolha. Segundo a Folha, 43% dos entrevistados disseram que não votariam em Dilma Rousseff (PT) contra 34% que não escolheriam Aécio Neves (PSDB). Se considerarmos os ricos (7% da população), o número aumenta. 65% não votaria na petista e somente 25% no tucano. Na classe mais baixa, a relação se opõe. Da parcela da população com baixa escolaridade e renda (que são um quarto da população do Brasil) 41% não votam no candidato do PSDB e só 29% não optaria pela atual presidente.

8. PSDB é o menos votado nos presídios

No dia 5 de outubro, 1965 presos paulistas que aguardam julgamento foram às urnas. E o resultado foi muito diferente do que o total no Estado. Nas 75 urnas de mandadas para prisões, o PSDB foi o partido que teve menos votos. A análise foi feita pela Folha entre os três principais candidatos que disputavam o governo de São Paulo e a presidência. Venceriam Alexandre Padilha (PT) com 39,9% e Dilma Rousseff (PT) com 41% dos votos. Geraldo Alckmin (PSDB), que foi reeleito no primeiro turno, pontuaria 22,6% e o presidenciável Aécio Neves (PSDB) teve 15,6% dos votos. Especialista ouvido pelo jornal creditou a diferença aos problemas penitenciários vividos no sistema prisional em São Paulo.

9. Crimes de ódio e eleições

As eleições – e as discussões que ela gera nas redes sociais – fizeram o número de denúncias de crimes de ódio na web aumentar em 84%. Os registros feitos pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos contém conteúdo relacionado ao racismo, homofobia, xenofobia, neonazismo e a intolerância religiosa. Segundo levantamento obtido pela Folha, o pico das denúncias aconteceram na semana em que Levy Fidelix (PRTB) declarou no debate da TV Record que “aparelho excretor não reproduz”, entre outros ataques a homossexuais.

10. A verdade mostrada

Após onda de ofensas contra nordestinos no Twitter por causa do resultado do primeiro turno das eleições propiciou a criação de um perfil @CulpaDoNordeste, que pretende denunciar o conteúdo preconceituoso na rede. “A verdade deve ser mostrada e os culpados, punidos”, afirma Helmutt Klarck, administrador da conta, à Folha.

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