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Dinamarca vai indenizar mulheres da Groenlândia por contracepção forçada
Mulheres da Groenlândia que foram submetidas a um programa de contracepção forçada entre 1960 e 1991 terão o direito de solicitar uma compensação financeira de 47 mil dólares (aproximadamente 256 mil reais), anunciou o governo da Dinamarca nesta quarta-feira (10).
No fim de setembro, a primeira-ministra Mette Frederiksen pediu desculpas em Nuuk, capital da Groenlândia, pelo programa que tinha como objetivo diminuir a taxa de natalidade do território. Estima-se que pelo menos 4.500 adolescentes e mulheres adultas foram afetadas, muitas delas ficaram inférteis.
A campanha provocou sérios impactos físicos e psicológicos nas mulheres da Groenlândia e ainda afeta a forma como a Dinamarca é vista atualmente, declarou a ministra da Saúde, Sophie Løhde.
Em setembro, Mette Frederiksen anunciou a criação de um fundo de reparação para indenizar as vítimas e outras pessoas que sofreram discriminação com base em sua origem, embora o valor da compensação não tenha sido detalhado na ocasião.
Para ter direito à indenização, as vítimas devem apresentar um relato consistente, acompanhado de uma declaração sob juramento confirmando que foram sujeitas a métodos contraceptivos sem seu conhecimento ou consentimento, informou o governo.
O programa de compensação entrará em vigor a partir de 1º de junho de 2026.


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