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Dino acusa ex-assessora de Lira de participação em esquema de desvio de emendas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, declarou que existem indícios fortes de que Mariângela Fialek, antiga assessora do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, atuava diretamente no direcionamento de emendas parlamentares supostamente desviadas do orçamento secreto, obedecendo ordens superiores.
De acordo com Dino, a análise dos depoimentos obtidos pela Polícia Federal indica que Fialek era responsável pela operacionalização do encaminhamento dessas emendas, aparentemente em nome do ex-presidente da Câmara.
O ministro ressaltou que, mesmo após mudanças na liderança da Câmara, Mariângela Fialek seguiu desempenhando suas funções, tendo assumido tais responsabilidades sem a aprovação do presidente da comissão pertinente, seguindo instruções diretas do então presidente da Câmara.
Além disso, Dino afirmou que as provas, incluindo testemunhos e dados eletrônicos, corroboram a conclusão de que Fialek coordenava o direcionamento das emendas parlamentares.
O Procurador-Geral da República (PGR) recomendou a adoção de medidas cautelares contra Mariângela Fialek, citando evidências consistentes como depoimentos e análises policiais que indicam sua participação no controle ilícito na distribuição das emendas desviadas.
Paulo Gonet, chefe do Ministério Público, afirmou que Fialek comandava o controle das indicações de emendas desviadas do orçamento secreto para favorecer um grupo criminoso envolvido em desvios e crimes contra a administração pública e o sistema financeiro.
Mariângela Fialek foi alvo da Operação Transparência, autorizada pelo ministro Flávio Dino, que investigou sua atuação central no esquema de distribuição do orçamento secreto durante a gestão de Arthur Lira.
Esta operação apura suspeitas de desvios milionários, indicando uma possível colaboração de Fialek com uma organização criminosa que manipulava os recursos públicos de forma opaca, usando mecanismos que ocultavam os beneficiários finais.
Com formação em Direito e quase vinte anos de experiência em assessoria legislativa, Mariângela Fialek intermediava pedidos de liberação de verbas entre parlamentares e a presidência da Câmara. Durante a administração de Lira, também atuou em conselhos fiscais importantes vinculados ao centrão.
A investigação busca compreender como as emendas, destinadas a políticas públicas locais, foram desviadas por um grupo que se apropriava ilegalmente de parcelas desses recursos, configurando enriquecimento ilícito.
Até o momento, nem Mariângela Fialek nem Arthur Lira emitiram declarações oficiais a respeito das acusações.

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