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Diretor da Eurásia não vê solução rápida nem fácil para tarifas de 50% dos EUA a Brasil

Christopher Garman, diretor da Eurásia para as Américas, acredita que não existe uma solução simples ou rápida para a imposição de tarifas de 50% dos produtos importados do Brasil pelos Estados Unidos. Ele sugere que o cenário mais provável seria ganhar mais tempo para negociações.
Garman destaca que a carta enviada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao Brasil foi motivada principalmente por três fatores: a reunião do Brics, o envio de cartas tarifárias a outros países e declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro. Estes são, portanto, motivos políticos.
Durante um webinar da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, Garman explicou que quando a família Bolsonaro aborda o presidente Trump alegando censura no Brasil, especialmente em um momento em que redes sociais como o X são alvo de ações legais pelo Supremo Tribunal Federal, isso repercute no movimento Make America Great Again (MAGA) e influencia Trump. Além disso, a realização da cúpula do Brics no Brasil, com uma tendência favorável à China, criou um ambiente desfavorável para as relações bilaterais.
Garman considera que o presidente Lula não tem condições de resolver questões políticas associadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta um processo judicial por tentativa de golpe de Estado. Da mesma forma, as redes sociais não ajudariam devido à sua ligação ao Legislativo.
Diante desse contexto, o anúncio das tarifas de 50% causou surpresa moderada. Principalmente ao considerar que o Brasil não estava no centro das atenções do presidente Trump na data do Liberation Day (2 de abril de 2025).

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