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Discurso de Fux dura mais de 11 horas e é muito maior que os de Moraes e Dino

Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), fez um voto que ultrapassou as 11 horas, superando mais do que o dobro da duração do voto de Alexandre de Moraes e sendo nove vezes maior que o de Flávio Dino. Esse tempo é parte do julgamento na Primeira Turma da Corte sobre a acusação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relacionada à tentativa de golpe de Estado.
Até o momento, o placar indica 2 a 1 pela condenação de Bolsonaro. O voto de Fux começou às 9h12, com pausas para almoço e breves intervalos ao longo do dia.
Fux contestou diversas provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que tentavam ligar Bolsonaro à trama golpista. Ele divergiu do relator e votou pela absolvição do ex-presidente em relação aos cinco crimes da denúncia.
Principais Argumentos do Ministro
Relatório das Forças Armadas
Fux afirmou que não identificou dolo na pressão feita por Bolsonaro ao ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, sobre o relatório de análise do sistema eleitoral. Destacou que o Ministério Público reconheceu a ausência de lesividade nessa ação e que não houve intenção dolosa contra as instituições.
Bloqueios da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
O ministro ressaltou que não existem provas de que Bolsonaro tinha conhecimento sobre os bloqueios realizados pela PRF durante as eleições de 2022.
Eventos de 8 de Janeiro
Fux defendeu que Bolsonaro não pode ser responsabilizado por crimes cometidos por terceiros no caso de 8 de janeiro de 2023.
Sobre a tentativa de golpe
Disse que não cabe condenar Bolsonaro por tentativa de golpe enquanto ainda era presidente, pois isso implicaria que ele estaria tentando depor a si mesmo, o que não faz sentido legal.
Comentários sobre as urnas eletrônicas
O ministro destacou que questionar o sistema eleitoral não configura tentativa de abolição do estado democrático e afirmou que é comum políticos questionarem a regularidade das eleições, o que não pode ser criminalizado.
Carta aos Comandantes
Fux afirmou que não há evidências suficientes de que Bolsonaro tinha ciência da Carta pressionando as Forças Armadas a aderirem ao golpe.
Minuta Golpista
O documento supostamente apresentado a Bolsonaro contém falhas e contradições, segundo Fux, tornando a acusação insustentável. Além disso, essa minuta não consta nos autos oficialmente.
Plano Punhal Verde Amarelo
Não há provas suficientes para afirmar que esse plano, que previa assassinatos e monitoramento de autoridades, foi apresentado ou autorizado por Bolsonaro.
Acampamentos em frente a quartéis
O ministro afastou a ideia de que Bolsonaro controlava ou liderava manifestantes nos acampamentos que ocorreram após os atos golpistas.
Críticas à Procuradoria-Geral da República
Fux criticou a acusação, apontando que a PGR não fez uma descrição detalhada e específica das condutas individuais dos acusados, preferindo uma narrativa que parece desconectada da ordem cronológica dos fatos.

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