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disputa confusa no pr e fator tarcisio geram duvidas sobre ratinho jr na presidencia

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Ratinho Jr., governador do Paraná e pré-candidato à Presidência pelo PSD, tem recebido orientações para desistir da disputa nacional e focar na resolução dos impasses referentes à escolha de seu sucessor no governo estadual. Lideranças próximas ao governador, bem como representantes de partidos de oposição, já trabalham sob a perspectiva de que Ratinho Jr. permanecerá à frente do governo para apoiar a indicação de Guto Silva, secretário de Cidades do PSD, como seu sucessor.

Um fator que pesa contra a candidatura presidencial de Ratinho Jr. é a possibilidade de o PSD apoiar uma chapa com Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem ganhado força durante a votação do PL da Dosimetria no Congresso Nacional. Alguns líderes do PSD acreditam que a aprovação desse projeto pode fazer com que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) desista da candidatura ao Planalto, fortalecendo a troca de apoio em favor de Tarcísio.

Em confidência, uma autoridade próxima à base de Ratinho Jr. revelou que o governador tem o desejo de concorrer à presidência, mas também considera a possibilidade de não participar das eleições de 2026, optando por concluir seu mandato estadual.

A hesitação está relacionada à dificuldade de Ratinho Jr. em unir os partidos aliados em torno da candidatura de Guto Silva. Outros nomes do PSD, como Alexandre Curi, presidente da Assembleia Legislativa, e o ex-prefeito de Curitiba, Rafael Greca, também buscam ser os candidatos apoiados pelo governador. Partidos como Republicanos e PP mostram resistência em apoiar Guto Silva e buscam maior influência na chapa governista, lançando apoio a Greca e Curi.

Segundo o deputado federal Ricardo Barros, líder do PP no estado, todos aguardam a decisão de Ratinho Jr. para definir quem será o candidato principal, e o PP está aberto a apoiar Greca ou Curi.

Na oposição, o deputado estadual Requião Filho (PDT), que já firmou aliança com PT e PSOL, prevê uma pulverização das candidaturas governistas, com nomes como Greca, Curi e o vice-prefeito de Curitiba, Paulo Martins (que mudou do PL para o Novo), buscando espaço eleitoral.

Alguns líderes partidários esperam que Ratinho Jr. atue para reduzir o número de candidatos governistas, evitando um cenário de segundo turno polarizado entre a esquerda, representada por Requião Filho, e a direita, que tem o senador Sergio Moro (União-PR) como principal nome nas pesquisas.

O deputado do PDT acredita que Ratinho Jr. permanecerá até o final de seu mandato para fortalecer a candidatura de Guto Silva, que atualmente enfrenta dificuldades para obter viabilidade eleitoral.

Integrantes do PSD indicam que a candidatura de Guto Silva deve se fortalecer após o apoio formal de Ratinho Jr., que avalia o momento mais adequado para manifestar esse apoio, evitando descontentar outros aliados como Greca e Curi.

Uma eventual candidatura presidencial implicaria que Ratinho Jr. renunciasse ao governo até abril do próximo ano, afastando-se do Paraná e dificultando sua participação nas eleições estaduais. Embora aliados minimizem esse impacto, a incerteza permanece sobre sua candidatura ao Planalto.

As chances de Ratinho Jr. concorrer diminuem se Tarcísio de Freitas também entrar na corrida presidencial, uma vez que Tarcísio é próximo do presidente do PSD, Gilberto Kassab, e conta com seu apoio.

Por outro lado, se Flávio Bolsonaro mantiver sua candidatura, acredita-se que Tarcísio poderá desistir, permitindo que Ratinho Jr. siga na disputa.

Ratinho Jr. declarou recentemente que Flávio Bolsonaro representa um segmento importante do eleitorado e que seu partido deseja apresentar um nome para debater as questões nacionais, mas sem garantir sua própria candidatura.

De acordo com pesquisa Datafolha recente, num cenário sem Tarcísio e com Flávio Bolsonaro na disputa, Ratinho Jr. possui 12% das intenções de voto, contra 18% do senador do PL. Ele supera outros governadores que pretendem se candidatar, como Ronaldo Caiado (União, Goiás) com 7% e Romeu Zema (Novo, Minas Gerais) com 6%. O atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lidera com 41%.

Em um possível segundo turno contra Lula, Ratinho Jr. obtém 41%, enquanto Lula alcança 47%, desempenho similar ao de Tarcísio de Freitas (42%) e superior ao de candidatos ligados a Bolsonaro. Esses números incentivam o PSD a estimular a candidatura de Ratinho Jr..

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