Dívida do governo geral é 77,5% do PIB em agosto, diz BC

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) permaneceu estável em 77,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de julho para agosto, conforme revisão dos dados, segundo anúncio do Banco Central (BC) em 30 de agosto. Em valores nominais, a dívida aumentou de R$ 9,555 trilhões para R$ 9,620 trilhões.

Segundo o padrão adotado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a DBGG subiu de 89,8% para 91,0% do PIB entre julho e agosto. O Banco Central passou a divulgar esses dados em 2023.

O maior nível da dívida bruta registrado pelo BC foi em dezembro de 2020, alcançando 87,6%, em decorrência das ações fiscais implementadas no início da pandemia de covid-19. Em contraste, o ponto mais baixo da série histórica ocorreu em dezembro de 2013, quando a dívida representava 51,5% do PIB.

A DBGG engloba o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais. Essa medida é uma referência para agências internacionais de classificação de risco avaliarem a capacidade do Brasil de honrar suas dívidas. Em termos práticos, dívidas maiores indicam maior risco de inadimplência do país.

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), que considera as reservas internacionais, cresceu de 63,6% do PIB em julho para 64,2% em agosto, totalizando R$ 7,969 trilhões.

Senador Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) entregou em 29 de agosto um novo relatório para o projeto que estabelece um teto de 80% para a dívida consolidada da União em relação ao PIB. Uma alteração significativa inclui a exclusão das operações compromissadas do Banco Central destinadas à política monetária da base de cálculo do limite da dívida. O relatório foi previsto para votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado no dia seguinte. De acordo com os novos critérios apresentados por Oriovisto Guimarães, a dívida atual da União estaria em 64,05%, portanto, abaixo do limite proposto.