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Dois homens presos por roubo no Louvre confessam parcialmente
Dois homens detidos no sábado pelo roubo ocorrido no Museu do Louvre admitem em parte os fatos, conforme informações dadas nesta quarta-feira (29) pela promotora de Paris, que também comunicou que as joias subtraídas ainda não foram recuperadas.
Esses indivíduos estariam entre um grupo de quatro que, no domingo, 19 de outubro, perpetraram o roubo que durou apenas alguns minutos, levando oito joias da coroa francesa avaliadas em mais de 100 milhões de dólares (R$ 535 milhões).
Estes suspeitos estão sendo apresentados às autoridades para serem formalmente acusados por roubo em organização criminosa — crime que prevê uma pena de até 15 anos de prisão — e por participação em associação criminosa, que pode resultar em até 10 anos de detenção, conforme explicou a promotora Laure Beccuau durante a entrevista coletiva.
Os criminosos acessaram o museu por um elevador de carga que fica na área pública, utilizaram uma serra circular para arrombar as vitrines que continham as joias e fugiram em motocicleta.
A promotora suspeita que esses dois detidos foram os que adentraram a Galeria Apolo. Um deles é cidadão argelino de 34 anos residente na França; o outro, nascido na França, tem 39 anos. Ambos têm antecedentes criminais.
Beccuau expressou esperança na recuperação das joias para que possam ser devolvidas ao Museu do Louvre e a toda a nação.
Entre os itens roubados estão uma tiara de pérolas que pertenceu à imperatriz Eugênia e um conjunto de colar e brincos de safiras da rainha Maria Amélia.
Durante a fuga, os ladrões deixaram cair uma coroa que pertenceu à imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, que ficou danificada e cuja restauração será complexa, conforme alertou a promotora.
Embora a participação de quatro criminosos tenha sido confirmada, as autoridades ainda investigam a possibilidade de um envolvimento maior, incluindo um possível mentor e pessoas que poderiam estar envolvidas na receptação dos bens roubados.
Por fim, a promotora ressaltou que, ao contrário do que foi divulgado em alguns veículos de comunicação, atualmente não há evidências que indiquem a participação de funcionários do museu no crime.

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