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Dois presos no Irã por maratona com mulheres sem véu

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As autoridades iranianas prenderam neste sábado (6) os dois principais organizadores de uma maratona realizada na sexta-feira em Kish, no sul do país, onde mulheres participaram sem usar o véu islâmico.

Segundo a agência do poder Judiciário Mizan, uma das pessoas detidas é funcionário da zona franca de Kish e a outra trabalha numa empresa privada que organizou o evento.

Este episódio ocorre num momento em que cresce o desafio à obrigação de usar o véu no Irã, imposta desde a Revolução Islâmica de 1979.

Mais de 5.000 pessoas participaram da prova na ilha turística de Kish, no Golfo Pérsico. Em diversas corridas femininas, algumas mulheres aparecem sem cobrir a cabeça, violando a lei vigente há quatro décadas, conforme mostram imagens nas redes sociais.

O procurador-geral de Kish declarou que o evento foi “contra as normas de decência” e que um processo judicial foi aberto contra os organizadores.

A agência Tasnim criticou a falta de fiscalização e o desrespeito às regras de vestuário por parte de parte significativa das corredoras.

Por outro lado, a obrigação do véu é cada vez menos seguida no país, onde muitas mulheres saem às ruas sem ele, usando roupas mais leves.

Esse movimento, impensável anos atrás, cresceu especialmente após o fim da guerra em junho contra Israel, com maior presença na capital Teerã.

Em resposta, mais da metade dos parlamentares criticou a Justiça por não fiscalizar adequadamente a lei. O chefe do Judiciário, Gholamhosein Mohseni Ejeí, reforçou a necessidade de maior rigor na quinta-feira.

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