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Dois são levados à PF em São Paulo pela 30ª fase da Operação Lava Jato

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São cumpridos mandados de busca na capital e no interior. Empresas que tinham contratos com Petrobras são investigadas nesta fase.

Um homem foi preso pela Polícia Federal em São Paulo, nesta terça-feira (24), em cumprimento de um mandado da 30ª fase da Operação Lava Jato. Segundo a PF, o nome do detido é Eduardo Aparecido. Além do preso em São Paulo, a PF também cumpriu um mandado de prisão preventiva em Sumaré. O nome do detido é Flávio Henrique de Oliveira Macedo, segundo a PF. Eles serão levados a Curitiba.

Outro homem foi levado à sede da PF, no início da manhã, em cumprimento de um mandado de condução coercitiva. Por volta de 10h, ele deixou o prédio. A identidade dele não foi informada. No total, foram cumpridos dois mandados de condução coercitiva, esse em São Paulo e outro em Bertioga.

No estado de São Paulo, são cumpridos seis mandados de busca e apreensão: dois na cidade de São Paulo, um em São Caetano (SP), um em Bertioga (SP),  um em Lorena (SP), e um em Sumaré (SP).

Movimentação na sede da Polícia Federal na Lapa, em São Paulo, na manhã desta terça (24) (Foto: Tatiana Santiago/G1)

30ª fase
A 30ª fase da Operação Lava Jato é realizada no Rio de Janeiro e em São Paulo.  De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), esta etapa da operação investiga a possibilidade depagamentos de R$ 40 milhões em propina a partir de contratos fraudulentos da Petrobras com fornecedoras de tubo, que chegaram a R$ 5 bilhões. As fraudes ocorreram entre 2009 e 2013, conforme o MPF.

No total, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva, 28 de busca e apreensão e 9 de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Os procuradores afirmam que há indicativos da participação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-diretor de Serviço e Engenharia da estatal Renato Duque. Ambos estão presos e têm condenação em decorrência da Lava Jato.

Os alvos desta fase, esclareceu o MPF, são executivos e sócios das empresas fornecedoras de tubos, um escritório de advocacia utilizado para o repasse de dinheiro, dois funcionários da Petrobras e operadores financeiros.

“As investigações identificaram que uma construtora de fachada foi utilizada para viabilizar o pagamento de propina em diversos esquemas criminosos investigados na Operação Lava Jato, mediante a celebração de contratos ideologicamente falsos”, informou o MPF.

As investigações apontam para a utilização de transferências no exterior para uma offshore controlada por operador financeiro como mecanismo de ocultar rastros da propina. A Polícia Federal afirma que são três grupos de empresas investigados. As propinas também teriam circulado pela Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Os crimes investigados nesta etapa são corrupção, organização criminosa e lavagem de ativos. Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba.

 

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