Dólar cai com possível saída de Flávio Bolsonaro em 2026

O dólar apresenta uma queda na manhã desta segunda-feira, 8, refletindo a possibilidade de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) possa desistir de sua pré-candidatura à presidência em 2026, em troca de apoio político para anistiar os envolvidos nos atos de janeiro de 2023.

Além disso, o superávit comercial da China em novembro, junto com as expectativas de manutenção da taxa Selic em 15% e um possível corte de juros nos EUA esta semana, favorecem o real e atraem capital estrangeiro para o Brasil.

Na sexta-feira, 5, os ativos locais sofreram queda e o dólar fechou a R$ 5,43, após o anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

Após abrir em baixa, o dólar teve uma alta momentânea devido à queda superior a 1% nos preços do petróleo e do minério de ferro.

No boletim Focus, a mediana das projeções para a inflação nos próximos 12 meses caiu de 4,10% para 4,05%. A projeção do IPCA para 2025 foi reduzida de 4,43% para 4,40%, ficando abaixo do teto da meta, e para 2026, ajustada levemente de 4,17% para 4,16%. Por outro lado, a previsão para a taxa Selic ao final de 2026 subiu de 12% para 12,25%. As estimativas para o crescimento do PIB foram revistas para cima, de 2,16% para 2,25% em 2025 e de 1,78% para 1,8% em 2026.

O IPC-S diminuiu para 0,26% na primeira quadrissemana de dezembro, contra 0,28% no fim de novembro. A inflação acumulada em 12 meses e no ano está em 3,99%, conforme dados da FGV.

O Banco de Compensações Internacionais (BIS) afirma que, caso a economia global continue mostrando resiliência em 2026, o cenário dos mercados será parecido com o atual, com atenção especial ao desempenho do ouro e aos investimentos em inteligência artificial.

A inflação anual (CPI) nos países da OCDE permaneceu estável em outubro, em 4,2%. A OCDE não conseguiu reunir dados completos sobre o G20 e G7 devido à falta de informações dos EUA.