Dólar cai mais após surpresa na redução de empregos nos EUA

O dólar continuou em queda durante a manhã desta quarta-feira (1), chegando ao valor mais baixo do dia contra o real, cotado a R$ 5,2945 (-0,54%). Esse movimento acompanha a valorização de outras moedas de países emergentes, depois que o setor privado dos Estados Unidos registou uma redução de 32 mil empregos em setembro, contrariando as expectativas de aumento e aumentando as chances de um novo corte nos juros na próxima reunião do Fed em outubro.

Os juros também caíram, em sintonia com os rendimentos dos títulos do Tesouro americano, inclusive os de longo prazo que apresentaram leve alta anteriormente. O índice futuro do Ibovespa mudou de queda para alta.

O setor privado americano cortou 32 mil postos de trabalho em setembro, contrariando a previsão do mercado que apontava para a criação de 50 mil vagas. Esse dado antecede o relatório oficial de emprego, conhecido como payroll.

No entanto, o início da paralisação das atividades do governo americano nesta quarta-feira, devido a impasses no orçamento discutidos no Congresso, fez com que a divulgação do relatório payroll fosse suspensa por tempo indefinido, conforme anúncio do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.

No cenário local, o Índice de Preços ao consumidor – Semanal (IPC-S), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou alta de 0,65% em setembro, após aumento de 0,33% na terceira quadrissemana e queda de 0,44% em agosto. O índice acumula alta de 3,78% em 12 meses e 3,28% no ano, superando as previsões da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava um teto de 0,60%.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do Ibre/FGV subiu 0,5 ponto em setembro, atingindo 89,9 pontos na série com ajuste sazonal, após três meses consecutivos de queda.

A Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda publicou normas que obrigam as operadoras de apostas a bloquear ou impedir cadastros de beneficiários dos programas sociais Bolsa Família e BPC, cumprindo uma decisão anterior do Supremo Tribunal Federal (STF).

No mercado de capitais, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra de 62% da Shipay Tecnologia pela B3, com valor de R$ 37 milhões. A B3 poderá comprar o restante da empresa até 2030, dependendo do cumprimento de metas.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou uma garantia bancária de R$ 213 milhões junto ao Banco da Amazônia para que a Águas de São Francisco, responsável pelo saneamento em Barcarena, Pará, possa antecipar as metas de abastecimento de água e tratamento de esgoto para novembro de 2025.