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Economia

Dólar começa estável e ganha força com agenda cheia na semana

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O dólar à vista iniciou esta segunda-feira, 22, com leve queda (0,01%), cotado a R$ 5,3205, porém logo depois subiu até alcançar o pico intradiário de R$ 5,3440 (+0,04%). Os investidores estão atentos tanto à agenda econômica movimentada no Brasil e no exterior quanto ao cenário político nacional.

No cenário interno, a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) está prevista para terça-feira (23). Este documento deve explicar as razões que levaram o Banco Central a manter a Selic em 15% ao ano, adotando uma postura cautelosa diante das incertezas fiscais e do contexto internacional. Na quinta-feira, 25, a atenção se volta para o IPCA-15 de setembro, prévia da inflação oficial, e para o Relatório de Política Monetária (RPM).

Hoje, o relatório Focus, publicado pelo Banco Central, indicou que a expectativa do mercado para o dólar em 2025 permanece em R$ 5,50. As projeções para a inflação medida pelo IPCA mantiveram-se em 4,83% ao fim deste ano, e a taxa Selic está projetada em 15%.

O ambiente político em Brasília também influencia o cenário. O Congresso pode votar nesta semana o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, além da MP do tarifaço e da regulamentação da reforma tributária. No fim de semana, manifestações em mais de 30 cidades contra a PEC da Blindagem e a proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro evidenciaram o desgaste desses temas.

Além disso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva articula com o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para obstruir esses textos, em uma semana em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu permanecer em Brasília para acompanhar as negociações de perto.

No âmbito internacional, a atenção está voltada para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do segundo trimestre, na quinta-feira, e para o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de agosto, na próxima sexta-feira, 26. Esse indicador é considerado a principal medida de inflação acompanhada pelo Federal Reserve (Fed) e deve influenciar a velocidade do ciclo de cortes de juros. Até lá, discursos dos dirigentes do Fed, do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) podem impactar as expectativas.

Outro foco internacional é o início da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, onde o presidente Lula fará o discurso de abertura nesta terça-feira. Ele poderá se reunir com o presidente americano, Donald Trump, no primeiro encontro direto desde a tensão causada pelo tarifaço. Também, investidores acompanham as negociações entre EUA e China sobre o futuro do TikTok, que, segundo Trump, estão “caminhando bem” e próximas de serem oficialmente anunciadas.

Na última sexta-feira, 19, o dólar fechou em leve queda de 0,03%, a R$ 5,3209. Durante a semana, a moeda frente ao real recuou 0,62%, acumulando uma desvalorização de 1,86% em setembro. No acumulado do ano, as perdas chegam a 13,90%. O contrato futuro do dólar para outubro fechou em alta de 0,51%, a R$ 5,3470.

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