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Economia

Dólar e bolsa sobem após decisões de juros e antes de dados

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Investidores analisam dados de emprego do Brasil e aguardam PIB dos Estados Unidos

O dólar e a bolsa brasileira avançavam nesta quinta-feira (30), com os investidores reagindo às decisões da véspera dos juros nos Estados Unidos e no Brasil. Durante a sessão, o mercado também analisava os dados nacionais de emprego divulgados durante a manhã e aguardavam o PIB dos EUA.

Por volta das 10h47, o dólar à vista subia 0,82%, a R$ 5,9044 na venda.

No mesmo horário, o Ibovespa tinha variação positiva de 1,46%, a 125.229,00 pontos.

Federal Reserve (Fed) manteve a taxa inalterada entre 4,25% e 4,5% ao ano, enquanto a autoridade monetária brasileira elevou a Selic em 1 ponto, a 13,25%.

Na quarta-feira (29), o dólar fechou em leve baixa de 0,02%, aos R$ 5,868 – a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em R$ 5,809.

Mercados também aguardam por uma série de dados no Brasil e no exterior.

Na cena doméstica, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira, mostraram que o Brasil fechou 535.547 vagas formais de trabalho em dezembro.

O resultado ficou acima da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de fechamento líquido de 402.500 vagas.

No total de janeiro a dezembro de 2024, houve criação de 1.693.673 postos, resultado de 25.567.248 admissões e 23.873.575 desligamento. Segundo o ministério, o saldo de empregos em dezembro historicamente apresenta retração.

Já às 15h saem dados do Tesouro Nacional, também de dezembro e do acumulado de 2024.

No cenário internacional, as atenções se voltam Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre de 2024, às 10h30.

Na mesma hora saem dados da inflação de dezembro e do ano passado medidos pelo PCE.

Fed e BC

Investidores ainda digerem as decisões da “superquarta”, com resultados sem surpresas aos analistas.

Nos EUA, o Fed segurou os juros no mesmo patamar da última reunião, em dezembro.

A decisão já era esperada pelo mercado em meio às expectativas de analistas com o potencial inflacionário das políticas sinalizadas por Donald Trump, como a taxação de importações e a deportação de imigrantes ilegais.

Em coletiva após a divulgação dos dados, o chair Fed, Jerome Powell, disse que é muito cedo para dizer o que as políticas de Trump farão e que o banco central norte-americano levará o tempo necessário para avaliar as medidas.

As autoridades do Fed estão “esperando para ver quais políticas serão promulgadas” com o novo presidente.

“Não sabemos o que acontecerá com as tarifas, com a imigração, com a política fiscal e com a política regulatória”, disse.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC voltou a subir a taxa básica de juros do país em um ponto percentual, a 13,25% ao ano.

O colegiado votou unanimemente pelo ajuste.

O Copom reforçou compromisso com o guidance sinalizado anteriormente, e disse que deve realizar uma alta de mesma magnitude na próxima reunião, levando a Selic a 14,25% em março.

“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”, afirmou o Copom em seu comunicado.

 

CNN Brasil Money

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