Economia
Dólar recua após alta com atenção à China e Trump

O dólar apresenta queda frente ao real na manhã desta segunda-feira, 13, refletindo o maior interesse por ativos de risco devido à alta dos futuros de Nova York, outras moedas emergentes, petróleo e minério de ferro. Esse movimento ocorre após o presidente dos EUA, Donald Trump, adotar uma postura mais moderada em relação às tarifas aplicadas à China. Paralelamente, acontece uma cúpula pela paz em Gaza, liderada por Donald Trump e o líder egípcio Abdel Fattah al-Sisi.
Nos Estados Unidos, o feriado do Dia de Colombo mantém o mercado de Treasuries fechado.
No entanto, a queda do dólar, que mais cedo chegou a registrar mínima em R$ 5,4657 (-0,70%), devolve apenas parcialmente as perdas que o real teve na última sexta-feira, em meio a tensões globais causadas pelo anúncio de uma tarifa de 100% contra a China e a ampliação de incertezas fiscais e políticas no Brasil. Na sexta-feira, a moeda americana subiu 2,39% no mercado à vista, encerrando em R$ 5,5037, maior valor desde 5 de agosto, acumulando alta de 3,13% na semana passada. O dólar futuro para novembro avançou ainda mais, fechando a R$ 5,5590 (+2,83%).
Na manhã desta segunda-feira, o boletim Focus indica que a mediana da inflação suavizada para os próximos 12 meses diminuiu de 4,21% para 4,13%. A previsão para o IPCA de 2025 caiu de 4,80% para 4,72%, e para o IPCA de 2026 permaneceu em 4,28%. A mediana para a cotação do dólar no final de 2025 continua em R$ 5,45; para o final de 2026 caiu de R$ 5,53 para R$ 5,50; e para 2027, de R$ 5,56 para R$ 5,51.
Em Roma, na Itália, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa da reunião do conselho de criadores da Aliança Global contra a Fome e Pobreza nesta segunda-feira, após ter se encontrado mais cedo com o Papa Leão XIV, na Cidade do Vaticano.
A Opep manteve suas previsões para crescimento da oferta fora do grupo em 800 mil barris por dia em 2025 e para o aumento da demanda global em 1,3 milhão de barris por dia, totalizando 105,14 milhões de bpd. As perspectivas para o crescimento do PIB global em 2025 e 2026 também foram mantidas. A produção de combustíveis líquidos no Brasil caiu 68 mil bpd em agosto, para 4,7 milhões de bpd, após alcançar um recorde de 4,8 milhões em julho.
Em Israel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou no parlamento que, após a libertação de todos os reféns israelenses pelo Hamas, a paz finalmente “reinará em um novo Oriente Médio”, inaugurando uma “era de ouro” para a região. Trump também afirmou que pretende colaborar na reconstrução de Gaza.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou que se encontrará esta semana com aliados para discutir medidas contra os controles de exportação chineses sobre terras raras, classificando tais restrições como “provocativas”. Ele indicou que a China parece disposta a dialogar, mas ressaltou que os Estados Unidos não aceitarão limitações comerciais.

Você precisa estar logado para postar um comentário Login