Economia
Dólar sobe com cautela sobre Rússia e Ucrânia; IBC-BR recua
O dólar à vista acompanha a valorização da moeda americana no mercado internacional e contribui para o aumento dos juros futuros, após a curva iniciar quase estável em meio à queda do IBC-BR e dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
Os investidores monitoram com cautela a reunião entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodimir Zelenski, em Washington, que também contará com a presença de líderes europeus e da OTAN, para discutir o término da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Apesar deste encontro, um novo ataque russo a cidades ucranianas durante a madrugada desta segunda-feira (18) resultou em quatro mortos e pelo menos 29 feridos.
O preço do petróleo sobe levemente com expectativas de redução das tensões no conflito entre Rússia e Ucrânia, diminuindo o risco para o fornecimento da commodity. Por outro lado, o minério de ferro teve queda de 0,64% na China.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participará da abertura do fórum Financial Times & Times Brasil CNBC às 9h30. À tarde, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen (14h), e o secretário do Tesouro, Rogério Ceron (16h15), estarão no Warren Day.
O IBC-BR total recuou 0,1% em junho na comparação com maio (-0,74%), resultado próximo ao limite inferior das projeções de mercado que variavam entre queda de 0,02% e alta de 0,4%, com mediana positiva de 0,05%.
No boletim Focus, a expectativa mediana para a inflação suavizada nos próximos 12 meses subiu de 4,35% para 4,36%. A previsão para o IPCA de 2025 caiu de 5,05% para 4,95%, ainda 0,45 pontos percentuais acima do teto da meta (4,50%), e para o IPCA de 2026, de 4,41% para 4,40%.
A alta do minério de ferro (9,37%) e da soja em grão (2,47%) impulsionou o índice de inflação no atacado do IGP-10, que passou de queda de 1,65% em julho para avanço de 0,16% em agosto. O índice acumula ganho de 2,84% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal desacelerou, com alta passando de 0,38% na primeira para 0,09% na segunda quadrissemana de agosto.
Nos Estados Unidos, o governo divulgou normas mais favoráveis do que o esperado para que projetos de energia eólica e solar possam obter créditos fiscais.
Na sexta-feira, 15, o dólar no mercado à vista encerrou em baixa, cotado a R$ 5,3980 (-0,35%), refletindo a fraqueza global da moeda americana devido ao otimismo com a reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca, que, entretanto, terminou sem um acordo. Também contribuiu para a queda a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro. Na semana passada, o dólar caiu 0,70% e acumula baixa de 3,62% frente ao real em agosto. No ano, recua 12,66% contra o real, que lidera entre as moedas de países emergentes.

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