Economia
Dólar sobe no começo, mas depois cai por preocupações fiscais nos EUA

O dólar iniciou a segunda-feira, 29, com uma leve alta frente ao real, porém logo passou a recuar, refletindo a queda da moeda americana e dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA em meio a cautela sobre questões fiscais no país. Investidores acompanham de perto as negociações políticas para evitar a paralisação do governo dos Estados Unidos, que está perto do final do ano fiscal americano.
O dólar atingiu alta nos primeiros negócios, mas perdeu força em relação ao real na véspera da definição da taxa Ptax de setembro, marcada para amanhã. Há expectativas de novos cortes de juros nos Estados Unidos e possibilidade de diálogo sobre tarifas comerciais entre os presidentes Lula e Donald Trump ainda nesta semana.
O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, declarou estar confiante em um possível encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, que pode avançar nas negociações para reduzir tarifas elevadas sobre produtos brasileiros. Alckmin espera melhorias nas exceções às tarifas e até uma redução da alíquota de 50% aplicada a certos setores.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o debate sobre a isenção do imposto de renda para rendas até R$ 5 mil está amadurecendo no Congresso. “Nesta semana, é provável que votemos a reforma da renda e concluamos a reforma do consumo”, disse.
Segundo o boletim Focus, a mediana da inflação projetada para os próximos 12 meses caiu de 4,36% para 4,28%. A previsão para o IPCA de 2025 recuou de 4,83% para 4,81%, e para 2026 passou de 4,29% para 4,28%.
O IGP-M teve alta de 0,42% em setembro, após subir 0,36% em agosto, conforme dados da FGV. O índice superou a mediana das expectativas do mercado, que era 0,32%. No acumulado do ano, o IGP-M registra queda de 0,94%, mas em 12 meses está em alta de 2,82%.
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Ibre/FGV subiu 1,6 ponto em setembro, alcançando 84,7, interrompendo duas quedas consecutivas. A confiança no setor de serviços (ICS) também avançou, com alta de 1,9 ponto, alcançando 89,0 pontos, na série ajustada, depois de três recuos seguidos.
As concessões de crédito livre feitas pelos bancos caíram 3,3% em agosto comparado a julho, totalizando R$ 555,6 bilhões. Entretanto, no acumulado dos últimos 12 meses, houve crescimento de 11,7%, sem ajustes sazonais, conforme informações do Banco Central.

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