Economia
Dólar tem leve queda após dados de emprego dos EUA; bolsa oscila
Na quarta-feira (5), o dólar à vista fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,7935, no primeiro avanço diário desde 17 de janeiro
O dólar à vista tinha leve queda nesta quinta-feira (6), enquanto investidores analisam os dados de emprego nos EUA divulgados e aguardam mais notícias sobre o conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Às 11h12, o dólar à vista caía 0,07%, a R$ 5,7930 na venda.
No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, caía 0,02%, a 125.502,69 pontos.
Na quarta-feira (5), o dólar à vista fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,7935, no primeiro avanço diário desde 17 de janeiro.
Pedidos auxílio-desemprego EUA
As atenções dos investidores estão voltadas para dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA anunciados nesta quinta e para o relatório de emprego de janeiro do país, a ser divulgado na sexta-feira (7).
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego teve uma leve alta na semana passada, o que é consistente com o arrefecimento gradual das condições do mercado de trabalho nos Estados Unidos.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 11.000, para 219.000 com ajuste sazonal, na semana encerrada em 1º de fevereiro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam 213.000 pedidos para a última semana.
Os dados de pedidos não têm relação com o relatório de emprego de janeiro, que será divulgado na sexta-feira, pois está fora do período da pesquisa.
Contexto internacional
O movimento da divisa norte-americana no Brasil refletia, primeiramente, o cenário observado no exterior, em que o dólar avançava sobre seus pares fortes e emergentes, uma vez que investidores ainda veem fatores à frente que podem favorecer a moeda dos EUA.
Entre esses fatores, estão a perspectiva de um afrouxamento monetário em ritmo mais moderado pelo Federal Reserve e a expectativa por medidas de potencial inflacionário por parte do governo do presidente dos EUA, Donald Trump – mesmo diante da avaliação de que os aumentos de tarifas de importação poderão ser menos agressivos do que inicialmente anunciados, o que contribuiu para reduzir a pressão do dólar sobre seus pares em pregões recentes.
Mas enquanto a tarifa de 10% sobre os produtos da China, imposta no fim de semana, continua em vigor, sem a perspectiva de acordo para sua suspensão, como ocorreu com México e Canadá, investidores têm demonstrado cautela e apontado que as táticas agressivas do presidente norte-americano continuarão.
“Vejo hoje o comportamento do dólar lá fora guiando o mercado local”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.
“Acho que tem um movimento de cautela em relação à questão EUA x China. Tarifas chinesas devem entrar em vigor dia 10, e parte do mercado segue apostando em algum acordo até lá”, completou.
O índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – subia 0,35%, a 108,030.
A divisa dos EUA também avançava sobre o peso mexicano e o rand sul-africano.
No cenário doméstico
O movimento do dólar nesta sessão ainda podia ser justificado por um processo de correção de preço, com investidores realizando lucros, após a moeda marcar a décima-segunda sessão consecutiva de queda na terça-feira.
Na quarta, o dólar à vista fechou em alta de 0,37%, no primeiro avanço diário desde 17 de janeiro, com o mercado mostrando nesta sessão que ainda há espaço para mais ajustes na precificação.
Além da revisão das expectativas em relação ao novo governo dos EUA, a forte desvalorização do dólar ante o real neste ano ocorre por conta do que alguns analistas apontam como níveis exagerados que a moeda dos EUA atingiu no ano passado, na esteira de temores com o cenário fiscal brasileiro.
Apesar da alta da véspera e dos ganhos desta quinta, o dólar ainda acumula baixa de 6% frente ao real em 2025.
*Com informações da Reuters
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