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Dono da maior coligação, Alckmin diz que fragmentação política no Brasil leva à ‘ingovernabilidade’

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Aliança com nove partidos garantiu ao candidato do PSDB maior fatia do horário eleitoral: 5min 32seg. Tucano fez campanha neste sábado (25) em Ribeirão Preto, no interior de SP.

candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (25), durante agenda eleitoral em Ribeirão Preto (SP), que, na avaliação dele, a fragmentação política existente no Brasil leva à “ingovernabilidade”. Segundo ele, em outras democracias o governo tem maioria no Congresso com dois ou três partidos. No Brasil, há 35 legendas.

A campanha do presidenciável tucano é a que tem a maior coligação de partidos. Ao todo, são nove siglas: PSDB, PP, PTB, PSD, SD, PRB, DEM, PPS, PR. A ampla aliança garantiu a Alckmin o maior tempo de propaganda na TV.

Dos 12 minutos e 30 segundos de cada um dos dois blocos de propaganda eleitoral dos candidatos a presidente, o tucano ocupará 5 minutos e 32 segundos.

Na visão de Alckmin, o sistema político brasileiro leva ao corporativismo. “O interesse público, dona Maria, seu José, são órfãos todo dia. A pessoa que é eleita pela corporação vai lá defender aquele que o elegeu. O novo do Brasil é defender o espírito público, a pessoa anônima porque é ela quem paga a conta”, declarou o candidato do PSDB.

Mais tarde, em coletiva de imprensa, Alckmin afirmou que quer apresentar, já em janeiro, uma proposta de reforma política. “Eu defendo o voto distrital, defendo distrital misto, defendo voto facultativo e cláusula de barreira. Tem um fato bom: na próxima eleição municipal, já não vai ter mais coligação proporcional. Isso deve reduzir de 35 para 15, metade só proibindo coligação proporcional, você já reduz muito”, afirmou.

Questionado se, caso eleito, ele não ficaria refém dos partidos que apoiam sua campanha, Alckmin afirmou que todo mundo já sabe qual o seu programa de governo. “A gente não esconde nada, todo mundo sabe o que nós defendemos. O Brasil precisa sair do marasmo e só vai sair com mudança”.

Reformas

Geraldo Alckmin desembarcou no aeroporto de Ribeirão Preto em um avião fretado por volta de 10h30. Duas vans aguardavam a comitiva tucana no aeroporto.

O presidenciável foi levado diretamente para a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), onde foi recebido pelo prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), e outros 10 prefeitos da região, além de vereadores.

Ao discursar no encontro com os prefeitos, ele afirmou que o Brasil precisa aproveitar o bom momento da economia mundial para fazer reformas econômicas. Ele defendeu a simplificação tributária e a reforma da Previdência Social.

“Não é para tirar direito de uma pessoa, mas é evitar que o sistema entre em colapso, e fazer justiça. Porque o trabalhador da agricultura, do comércio, da indústria, dos equipamentos hospitalares, do agronegócio, da faculdade, motorista de táxi, vão se aposentar com R$ 1,4 mil. Essa é a média de aposentadoria do INSS. O setor público, na Câmara Federal, a média é R$ 27 mil”, enfatizou.

Ao final do encontro, Alckmin foi para o centro de Ribeirão Preto para uma breve caminhada com apoiadores da campanha no calçadão da Praça XV de Novembro. No ato de campanha, ele parou para tomar café na tradicional Cafeteria Única. Dali, seguiu de volta a São Paulo.

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