Maior fonte do esquema é o dinheiro de grandes empresas que querem anunciar lançamentos imobiliários ou vender carros. Caso foi revelado por reportagem da CBN.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira (31) que determinou o afastamento dos servidores públicos suspeitos de cobrar propinas para liberar propaganda ilegal. O esquema foi revelado por reportagem da rádio CBN.
Fiscais da Prefeitura cobravam propina para fazer vista grossa para propagandas vetadas pela Lei Cidade Limpa, que entrou em vigor em 2007.
“Não há a menor condescendência da Prefeitura em relação a ações desta natureza”, disse o tucano em vídeo postado em redes sociais. “Determinei o imediato afastamento de todos os fiscais e supervisores públicos denunciados por propina em Prefeituras Regionais da capital. Não haverá tolerância de nenhuma espécie com atos de corrupção, em qualquer nível”, acrescentou.
A maior fonte do esquema de corrupção, segundo a reportagem, é o dinheiro de grandes empresas que querem anunciar lançamentos imobiliários ou vender carros, por exemplo. No meio do caminho entre esses anunciantes e os fiscais corruptos estão as empresas promotoras, que fazem a divulgação nas ruas. Em alguns casos, antigos funcionários da prefeitura atuam como atravessadores.
Os valores da propina são tabelados, dependendo do material de divulgação. Por exemplo, as setas que indicam o apartamento decorado, o plantão de vendas ou o feirão de carros custam de R$ 60 a R$ 100 só de propina por fim de semana. O valor é o mesmo para panfletos disfarçados de jornais, distribuídos nos semáforos.
No caso das faixas, que precisam de um promotor de cada lado para segurar, os fiscais cobram até R$ 200 para não aplicar as multas, que começam em R$ 10 mil.
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