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Doria diz que balanço é ‘positivo’ e que não vai resolver problemas de SP em 6 meses
Prefeito concedeu entrevista ao Bom Dia São Paulo nesta segunda-feira (3).
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (3), em entrevista ao Bom Dia São Paulo, que considera o balanço do primeiro semestre de sua gestão “positivo”, mas que não é possível “resolver o problema de São Paulo em seis meses”.
“O balanço é positivo. Posso falar isso com alma aberta e com o bom sentimento de alguém que tem autocrítica e uma boa visão da cidade. Acho que nesses seis meses a avaliação de forma geral da população é positiva. Aliás, as pesquisas atestam isso. Mas temos muito por fazer”, diz.
O prefeito completou o primeiro semestre à frente da capital no sábado (1), e o Bom Dia São Paulo fez um balanço de algumas de suas ações.
Um dos problemas enfrentados pelos munícipes é a grande quantidade de semáforos quebrados na cidade. São pelo menos 200, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que tenta desde o início do ano concluir uma licitação para contratar uma empresa que cuidará dos equipamentos. O contrato anterior venceu em dezembro e a nova licitação chegou a ser bloqueada pelo Tribunal de Contas do Município neste ano. Enquanto o impasse não é resolvido, cones estão sendo colocados em cruzamentos pela cidade.
Doria admitiu que é frustrante não ter conseguido concluir esse processo até agora, mas que o pregão acontecerá no próximo dia 6 e deverá resolver o problema. Disse porém não haver uma frustração de algo não realizado nesses seis meses. “Não há frustração, Há determinação, vontade”, afirma.
O prefeito se queixou, porém, da burocracia do poder público. “É um sobe, desce, é papel, é carimbo. É muita demanda antes de você colocar na prática aquilo que a população necessita.”
Buracos
Segundo o Bom Dia São Paulo, a gestão Doria fechou cerca de 53,7 mil buracos na cidade, menos que o realizado no anterior, quando foram fechados 54,4 mil buracos.
O prefeito afirmou que houve um atraso na prestação do serviço nos dois primeiros meses em razão de trâmites burocráticos, como compra de asfalto. Segundo Doria, o ritmo aumentou a partir de março.
O prefeito destacou que a cidade tem novamente um programa de recapeamento que não acontecia desde a segunda metade da gestão Gilberto Kassab. “Temos muito o que fazer pela frente. Muitas ruas e avenidas a serem asfaltadas. Mas o importante é que finalmente começamos”.
Zeladoria
Um dos programas de maior destaque da gestão Doria foi o Cidade Linda, que buscou melhorar a zeladoria de avenidas e praças da cidade. Nas 25 edições, foram coletadas 665 toneladas de lixo e realizadas 5.700 podas e remoções de árvore.
Outro programa de zeladoria é Calçada Nova, que acontece dentro do Mutirão Mário Covas. Dados obtidos pelo Bom Dia São Paulo por meio de Lei de Acesso à Informação mostram que a quantidade de calçada recapeada tem caído. Em janeiro, 11,3 mil metros quadrados de calçadas foram reformados, mais do que o dobro dos 5,3 mil metros quadrados de abril.
No Itaim Paulista, o morador Ronnie Von Queiroz afirma que antes não havia calçada no local que recebeu o serviço da prefeitura e elogiou a iniciativa. Outros porém, reclamam que só um trecho foi reformado, e que o restante da calçada da quadra está danificado.
O prefeito afirma que há limitações financeiras e culpa um rombo no Orçamento que diz ter sido deixado pela gestão Fernando Haddad (PT).
“Não vamos resolver o problema de São Paulo em 6 meses. Nós temos que ter consciência de que a realidade é difícil. São Paulo é uma cidade que tem R$ 7,5 bilhões de déficit no seu orçamento. Nós estamos lutando contra isso, fazendo uma gestão muito responsável fiscalmente e usando o apoio do setor privado”. Já Haddad diz que entregou as contas em dia.
As doações foram uma constante nos primeiros seis meses de Doria. A Prefeitura de São Paulo recebeu remédios, a reforma da Ponte Estaiada, veículos para a CET e equipamentos de informática, entre outros itens. Tudo sem contrapartida para as empresas, segundo o prefeito.
Pichações
Um dos temas centrais na área de zeladoria foi o combate às pichações. Na Avenida 23 de Maio, Doria apagou grafites justificando que eles estavam pichados. Depois, iniciou uma guerra aos pichadores e instalou um jardim vertical na Avenida 23 de Maio.
A analista de sistemas Valéria Tavares elogiou a mudança e afirmou que “a cidade fica muito mais agradável toda verde”. Para Lucas Evangelista, os jardins são bonitos, mas o grafite deixaria a via “mais bonita ainda”.
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