Com o auxílio de dois drones, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) flagrou, em um mês, 382 infrações nas vias da capital em 30 sobrevoos. As ferramentas começaram a ser usadas em 18 de dezembro para auxiliar o órgão no monitoramento e na fiscalização.
O uso desses equipamentos é amparado pela resolução 532 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que regulamenta a fiscalização por videomonitoramento.
As principais violações às regras que os agentes identificaram com ajuda da tecnologia foram não sinalizar para mudar de direção (132) e o uso do celular ao volante (90). Outras infrações identificadas foram: não usar cinto de segurança (70), avançar no semáforo (43), desrespeitar a faixa de pedestres (41), evasão de blitz (4) e troca de condutor para driblar blitz (2).
Em dezembro, o diretor-geral do Detran, Silvain Fonseca, disse que a legislação já autoriza a aplicação de multas a partir das imagens dos drones. Apesar disso, inicialmente, a intenção principal é alertar os condutores sobre a novidade – e ao mesmo tempo, permitir ao órgão fazer os últimos testes.
“A qualquer momento, o Detran pode passar a usar as imagens para autuar”, apontou Fonseca. A instituição também informou que os flagrantes aéreos podem servir de apoio para um outro agente da equipe – que não seja o piloto – realizar a abordagem e notificar o infrator.
Em material divulgado pelo governo do DF, o Detran informou que proposta, agora, é apenas educar, mas depois as infrações identificadas por meio dos drones poderão pesar no bolso dos motoristas. Antes, no entanto, o órgão vai instalar placas de videomonitoramento pela cidade. “Queremos ter o máximo de transparência para, depois, começar a multar”, acrescentou Fonseca.
Os equipamentos, segundo o Detran, foram usados para monitorar o trânsito em horário de pico no Eixo Monumental. Com os dados, o Detran disse ainda ter conseguido sincronizar os tempos de semáforos: “Já temos uma melhoria de 40% no trecho entre o Centro de Convenções e o Memorial JK, sentido Cruzeiro”, afirmou Silvain Fonseca.
A tecnologia, conforme apontou o órgão, também é adotada para fiscalizações na orla do Lago Paranoá com o objetivo de impedir motoristas alcoolizados ao volante, além de ordenar o tráfego.
De acordo com o Detran, um termo de referência está em fase de elaboração para a compra de outros equipamentos. Os dois drones do Detran foram doados pela Receita Federal e estão registrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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