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Eduardo Bolsonaro ameaça Motta e Alcolumbre com sanções: ‘Eles estão sob vigilância’

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a mencionar, nesta quarta-feira, a possibilidade de os Estados Unidos aplicarem sanções aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Segundo o parlamentar, ambos “já estão sob vigilância” das autoridades americanas.

Eduardo também enfatizou que está buscando sanções contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Perguntado sobre o impacto das tarifas na vida dos brasileiros, o deputado afirmou que a liberdade “tem mais valor que a economia”.

“Se no futuro nada for feito, talvez Alcolumbre e Hugo Motta também possam sofrer sanções. Estou certo de que eles já estão sendo observados, e as autoridades americanas entendem o que acontece no Brasil, sabendo, por exemplo, que o processo de anistia depende da iniciativa do presidente da Câmara, Hugo Motta“, explicou Eduardo, em entrevista concedida à BBC News Brasil.

Além de condicionar que Motta evite sanções ao pautar a anistia e permitir o funcionamento do Congresso, o deputado abordou as ações de Alcolumbre, mencionando as assinaturas de senadores bolsonaristas para um possível impeachment contra Moraes: “o processo de impeachment já conta com 41 assinaturas no Senado e deveria ser iniciado; tudo está em jogo nesse momento”.

Eduardo também falou sobre a ampliação das sanções contra autoridades brasileiras, reafirmando a intenção de punir aliados de Moraes. “Para Alexandre de Moraes, não há negociação. Ele deve ser sancionado pela Lei Magnitsky. Espero que os Estados Unidos aceitem em breve minha sugestão de sancionar a esposa dele”, declarou, afirmando que ela é o “braço financeiro” do ministro.

Para o deputado, isolar o magistrado intensificando punições a seus familiares e aliados é o caminho para restabelecer a harmonia entre os Poderes. “Estou disposto a ir até o fim para retirar esse psicopata do poder”, declarou.

Em julho, Eduardo criticou o bloqueio das contas bancárias de sua esposa, Heloísa Bolsonaro, qualificando o ato como arbitrário e atribuindo ao ministro Alexandre de Moraes a responsabilidade.

Liberdade tem prioridade

Questionado sobre as repercussões econômicas da tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o país “merece” as sanções por ser, em sua visão, uma “ditadura” e pela atuação do presidente Lula (PT) e do ministro Alexandre de Moraes.

“Não me preocupo com cálculos eleitorais ou popularidade. Meu foco é a liberdade do país, e essa vale mais do que a economia”, destacou o parlamentar. “Vale a pena lutar. Nossa liberdade é mais importante que a economia”, completou.

Retaliações contra Moraes

Em entrevista ao Financial Times, Eduardo comentou a possibilidade de represálias contra Moraes atingindo sua esposa.

“Acredito que os EUA possam responder fortemente, talvez sancionando a esposa de Moraes, que é seu suporte financeiro”, disse. “Ou talvez uma nova rodada de cancelamento de vistos de aliados”, acrescentou.

De acordo com o deputado, o ministro esgotou suas opções após determinar prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, na semana anterior, por descumprimento de medidas cautelares.

“Sei que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tem várias alternativas, desde mais sanções a autoridades brasileiras até revogação de vistos e tarifas”, afirmou. “Trump ainda pode aumentar a pressão diante das ações de Moraes“.

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