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Eduardo Bolsonaro critica falta de união política por fim das sanções a Moraes
Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PL de São Paulo, publicou nesta sexta-feira uma nota pública expressando sua desaprovação com a decisão dos Estados Unidos de retirar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), da lista de sanções aplicadas sob a Lei Magnitsky.
Na nota, que também conta com a assinatura do influenciador Paulo Figueiredo, o deputado destaca que o ex-presidente Donald Trump manifestou seu apoio durante o que classificam como uma “grave crise de liberdades” no país.
A declaração associa o agravamento do cenário político brasileiro à dificuldade da sociedade em construir uma unidade necessária para enfrentar problemas estruturais e critica a falta de coesão e apoio interno para as medidas adotadas externamente. Eduardo e Figueiredo expressam ainda a expectativa de que a decisão de Trump alcance sucesso na proteção dos interesses estratégicos dos Estados Unidos, sem dar detalhes sobre os termos da medida.
Ao final do comunicado, ambos asseguram que continuarão firmes e decididos na busca pela chamada “libertação” do Brasil, mesmo diante das adversidades. A nota finaliza com um apelo religioso, solicitando bênçãos para a América e misericórdia para o povo brasileiro.
O governo dos Estados Unidos anunciou a exclusão de Alexandre de Moraes, sua esposa Viviane Barci de Moraes e o instituto vinculado à família do ministro da lista de sanções previstas na Lei Magnitsky, um mecanismo que visa aplicar restrições financeiras e administrativas a pessoas ligadas a corrupção e violações de direitos humanos. O anúncio foi feito pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), do Departamento do Tesouro americano, sem explicitar os motivos da decisão.
Essa medida surge em um contexto de melhoria nas relações entre o governo Donald Trump e a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil vinha pleiteando o encerramento das sanções por meio de conversas diretas entre Lula e Trump, além das negociações feitas pelo chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
Alexandre de Moraes foi incluído na lista em julho, no mesmo dia em que Trump implementou uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras. Na ocasião, o governo americano justificou a sanção pela atuação do ministro na ação penal referente à tentativa golpista, que terminou com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão. Defensores de Trump acusavam Moraes de promover uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro.
Ele foi o primeiro brasileiro sancionado diretamente com base na Lei Magnitsky, que implica restrições econômicas com efeitos além do território americano, como o bloqueio de bens e contas bancárias nos Estados Unidos. Como consequência, Moraes teve seus cartões de crédito cancelados no Brasil. Em 22 de setembro, os Estados Unidos incluíram também sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e a empresa Lex, ligada à família, na lista de sanções.

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